Quarta-feira, Maio 8, 2024

Pedro realmente esteve em Roma?

Numerosos esforços têm sido empreendidos para contestar a presença de Pedro em Roma. Entretanto, a verdade, imutável por natureza, resiste a qualquer tentativa de manipulação. Neste sentido, é nosso propósito apresentar as evidências que confirmam a estadia de Pedro na capital imperial, refutando, assim, objeções infundadas.

1ª PROVA BÍBLICA

A igreja escolhida de Babilônia saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho.(1 Pedro 5, 13.)

Em sua primeira carta, Pedro saúda a igreja eleita em Babilônia, ao lado de Marcos, seu filho espiritual. Essa saudação é uma evidência significativa da presença de Pedro em Roma, considerando que, na época, Roma era frequentemente equiparada à Babilônia, devido às semelhanças entre ambas, conforme descrito em Apocalipse 17:5 e 18:10. Dessa forma, é plausível inferir que, para Pedro, Roma evocava a opulência, a luxúria e a licenciosidade associadas à antiga Babilônia.

Alguns argumentam que a “Babilônia” mencionada poderia se referir à Babilônia do Egito ou, de forma mais enfática, à Babilônia do Eufrates. No entanto, tais hipóteses carecem de fundamentos sólidos. Não há registros históricos ou tradições que confirmem a presença de uma comunidade cristã nessas localidades na época em questão. Ao contrário, apenas Roma se encaixa na descrição fornecida por Pedro.

2ª PROVA BÍBLICA

Colossenses 4, 10. Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, primo de Barnabé, a respeito do qual já recebestes instruções.

A carta aos Colossenses menciona Marcos como estando em Roma, associando-o a Aristarco, companheiro de prisão de Paulo. O fato de Paulo instruir Timóteo a levar Marcos consigo para Roma em sua segunda carta confirma a presença de Marcos na capital imperial. As datas das cartas corroboram essa conclusão, descartando a possibilidade de Marcos ter estado na Babilônia do Eufrates.

Paulo manda Timóteo levar Marcos a Roma Em II Timóteo:

II Timóteo 4,11b. Toma contigo Marcos e traze-o, porque me é bem útil para o ministério.

Timóteo estava em Éfeso e só poderia Marcos estar lá ou em uma cidade por perto no caminho para Roma, e não em Babilônia do Eufrates.

Se formos ver as datas das cartas veremos que II Timóteo foi escrita antes de 1 Pedro, portanto as datas se encaixam, Marcos foi para Roma com Timóteo  por volta  do ano 65 quando Paulo escreveu a 2ª carta a ele , e antes do ano 67 Pedro escreveu sua carta as comunidades da Ásia menor com Marcos. E alguns Anos depois Paulo escreveu sua Cartas aos Colossenses e Marcos estava com ele em Roma. Será que Marcos iria de Éfeso a Roma, Depois ir pra Babilônia do Eufrates mais de 3000 km de distancia escrever a carta com Pedro e voltar pra Roma? É meio que absurdo para a época, sem meios de transportes e nem estradas e etc. veja o mapa:

Ele estaria viajando mais de 6000 km em um curto período de tempo o que é ilógico, como já disse, para a época.

3ª PROVA BÍBLICA

I Pedro 5, 12. Por meio de Silvano, que estimo como a um irmão fiel, vos escrevi essas poucas palavras. Minha intenção é de admoestar-vos e assegurar-vos que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes.

Todos Sabem que Silvano Andava junto a Timóteo, e na região de Éfeso próximo a Europa, o que era que Silvano iria fazer na Babilônia? Marcos e Silvano iriam para a babilônia do Eufrates somente para escrever a carta com Pedro e Depois voltarem para Roma? É geograficamente e fisicamente impossível eles estarem em 2 lugares ao menos tempo.

RELATOS HISTÓRICOS¹ :

Como a verdade é única e imutável, assim como ninguém pode apagar a história, afim de desmentir aqueles que negam a vida do Santo Apóstolo Pedro em Roma, seu episcopado e martírio nesta cidade, vale a pena sempre recordar a memória cristã afim de combater o erro.

Pedro pregou em Roma

Lancemos os olhos sobre os excelentes apóstolos: Pedro foi para a glória que lhe era devida; e foi em razão da inveja e da discórdia que Paulo mostrou o preço da paciência: depois de ter ensinado a justiça ao mundo inteiro e ter atingido os confins do Ocidente, deu testemunho perante aqueles que governavam e, desta forma, deixou o mundo e foi para o lugar santo. A esses homens […] juntou-se grande multidão de eleitos que, em conseqüência da inveja, padeceram muitos ultrajes e torturas, deixando entre nós magnífico exemplo.” (São Clemente Bispo de Roma, ano 96, Carta aos Coríntios, 5,3-7; 6,1).

Clemente o 3º Bispo de Roma após Pedro, dá testemunho do belíssimo exemplo que o Apóstolo deixou entre os cidadãos Romanos.

“Não é como Pedro e Paulo que eu vos dou ordens; eles foram apóstolos, eu não sou senão um condenado” (Santo Inácio Bispo de Antioquia – Carta aos Romanos 4,3 – 107 d.C).

Se Pedro não esteve em Roma, qual é o sentido destas palavras de Inácio de Antioquia?

“Assim, Mateus publicou entre os hebreus, na língua deles, o escrito dos Evangelhos, quando Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.” (Santo Ireneu Bispo de Lião – Contra as Heresias,III,1,1 – 180 d.C).

“Logo depois, o supracitado mágico [Simão], com os olhos do espírito impressionados por uma luz divina e extraordinária, após ter sido convencido de suas insídias [cf. At 8,18-23] pelo apóstolo Pedro, na Judéia, empreendeu uma longa viagem além-mar. Fugiu do Oriente para o Ocidente, julgando que, somente ali, poderia viver de acordo com suas convicções. Veio para Roma, onde foi bastante coadjuvado pela potëncia ali bem estabelecida [cf. Ap 17], e em pouco tempo sua iniciativas tiveram êxito, pois foi honrado como um deus pelo povo da região, com a ereção de uma estátua. Mas estas coisas pouco duraram. Imediatamente depois, ainda no começo do império de Cláudio, a Providência universal, boníssima e cheia de amor aos homens, conduziu mão a Roma, qual adversário deste destruidor da vida, o valoroso e grande apóstolo Pedro, o primeiro dentre todos pela virtude. Autêntico general de Deus, munido de armas divinas [cf. Ef 6,14-17; 1Ts 5,8], trazia do Oriente ao Ocidente a preciosa mercadoria da luz inteligível, e anunciava, como a própria luz [cf. Jo 1,9] e palavra da salvação para as almas, a boa nova do reino dos céus” (Eusébio de Cesaréia – HE,III,14,4-6 – 317 d.C)

“Sob Cláudio [Imperador], Fílon [quande estoriador judeu] em Roma relacionou-se com Pedro, que então pregava aos seus habitantes.” (Eusébio de Cesaréia – HE II,17,1 – 317 d.C)

Pedro foi Bispo de Roma

Eusébio de Cesaréia, narrando sobre a primeira sucessão Apostólica em Roma escreve:

“Depois do martírio de Pedro e Paulo, o primeiro a obter o episcopado na Igreja de Roma foi Lino. Paulo, ao escrever de Roma a Timóteo, cita-o na saudação final da carta [cf. 2Tm 4,21].” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,III,2 – 317 d.C).

“[…]quanto a Lino, cuja presença junto dele [do Apóstolo Paulo] em Roma foi registrada na 2ª carta a Timóteo [cf. 2Tm 4,21], depois de Pedro foi o primeiro a obter ali o episcopado, conforme mencionamos mais acima.” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,IV,8 – 317 d.C).

“[…]Alexandre recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,IV,1 – 317 d.C).

Pedro sofreu o martírio em Roma

Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente” (Dionísio de Corinto, ano 170, extrato de uma de suas cartas aos Romanos conforme fragmento conservado na HE II,25,8).

“Eu, porém, posso mostrar o troféu dos Apóstolos [Pedro e Paulo]. Se, pois, quereis ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, encontrarás os troféus dos fundadores desta Igreja” (Discursocontra Probo – Caio presbítero de Roma, + ou – 199 d.C). Eusébio também trata deste escrito em HE II,25,7.

“Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo” (Orígenes, +253, conforme fragmento conservado na HE, III,1)

“Quando Nero viu consolidado seu poder, começou a empreender ações ímpias e muniu-se contra o culto do Deus do universo. […] Foi também ele, o primeiro de todos os figadais inimigos de Deus, que teve a presunção de matar os apóstolos. Com efeito, conta-se que sob seu reinado Paulo foi decapitado em Roma. E ali igualmente Pedro foi crucificado [cf. Jo 21,18-19; 2Pd 1,14]. Confirmam tal asserção os nomes de Pedro e de Paulo, até hoje atribuídos aos cemitérios da cidade.” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,II,25,1-5 – 317 d.C).

“Pedro, contudo, parece ter pregado aos judeus da Diáspora, no Ponto, na Galácia, na Bitínia, na Capadócia e na Ásia [cf. 1Pd 1,1), e finalmente foi para Roma, onde foi crucificado de cabeça para baixo, conforme ele mesmo desejara sofrer.” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE II,2 – 317 d.C)

Os críticos atuais não têm dificuldade de admitir a tese católica. Citemos algumas das linhas de Harnack  (“Cronologia”):

“O martírio de S. Pedro em Roma foi antigamente combatido pelos preconceitos tendenciosos dos protestantes… Mas foi um erro que todo investigador, que não queira ser cego, pode verificar”. “Hoje em dia”, diz o mesmo crítico num discurso (1907) pronunciado na Universidade de Berlim, “sabemos que esta vinda (de S. Pedro a Roma) é um fato incontestável e que o começo da primazia romana remonta ao século II”.

Acusações protestantes infundadas (retiradas de um site do qual não tenho mais o link se alguém tiver, por favor, poste aqui):

“A lenda corrente de que o apóstolo Pedro residira em Roma por um período de 25 anos (de 42 a 67 d.C.), onde teria sido supostamente sepultado, faz parte do rico fabulário inventado pelo sistema católico romano, baseado na tradição!”

“Interessante que tal lenda, surgida lá pelos idos do século terceiro, determinava um período de 42 até 67 d.C., justamente quando o apóstolo desenvolvia seu ministério em inúmeras cidades.”

O autor deste argumento não fornecem qualquer embasamento para sua afirmação de que a Igreja afirmou que Pedro esteve em Roma por 25 anos. Os historiadores eclesiásticos que mencionam Pedro como bispo de Roma por esse período são Eusébio e Jerônimo, embora seja importante ressaltar que essa duração não é precisa, como será discutido mais adiante. Além disso, como demonstrei anteriormente com os testemunhos dos Pais da Igreja desde o ano 96 do primeiro século, já encontramos menções da presença de Pedro em Roma.

Eusébio e Jeronimo dos 25 anos

A Tradição Cristã conserva, que terminado o Concílio em Jerusalém, Pedro viajou para Roma. Era um antigo ideal que zelosamente guardava no coração, de poder evangelizar o centro do Império Romano. Provavelmente se deslocou para Cesaréia e ainda no ano 49 ou 50, foi para a Itália, quando Cláudio era o Imperador Romano.

Esta conclusão é confirmada pela voz unânime da Tradição. É praticamente certo que Pedro viajou para Roma depois de 49 A.D. Sobre a duração do trabalho evangelizador de Pedro em Roma, há também controvérsias e não podemos seguir integralmente os dados cronológicos de Eusébio e Jerônimo, cujas considerações foram estabelecidas sobre crônicas do terceiro século, as quais não fazem parte da Velha Tradição, mas apenas constituem o resultado de cálculos que tiveram por base uma lista episcopal datada de fins do segundo século. Conforme Eusébio, foi apresentado no terceiro século o “Chronograph 354″, que estabelece um tempo de vinte e cinco anos de pontificado para São Pedro em Roma. Entretanto, consideramos o mencionado tempo excessivamente longo, se lembrarmos que a chegada de Pedro a Roma foi em 49. De acordo com a “Crônica” de Eusébio, o décimo terceiro ou décimo quarto ano do reinado de Nero é considerado como o ano em que ocorreu a morte de Pedro e Paulo (ou seja, ano 67-68). Assim sendo, como Pedro chegou a Roma no ano 49 e morreu no ano 67, a relação apresentada pelo “Chronograph 354” que fixa o seu episcopado em vinte e cinco anos, evidentemente não está correta e assim, o tempo de 25 anos deverá ser reduzido para dezoito anos, (porque 67 – 49 = 18 anos) (cf. Bartolini, Roma, 1868). Na verdade o período de 18 anos é um tempo mais condizente com os fatos conservados pela Tradição Cristã.²

Ano 54 – O imperador Claudio (41-54) expulsou de Roma todos os judeus, porque causavam distúrbios (Atos 18.2). Até o ano 54, pois, Pedro não podia estar em Roma porque era judeu, não tendo ouvintes judeus.

Ora todos sabem que os primeiros cristãos viviam nas catacumbas de Roma onde os soldados romanos não podiam ir, e Pedro era Cristão e não mais judeu. E no entanto isto não quer dizer que ele não estava em Roma, visto que em muitos casos os apóstolos pregavam escondidos para não serem presos.

Ano 55 – Mencionado como “evangelista itinerante” (1Coríntios 9.5). Neste período, evangelizou o Ponto, a Galácia, a Capadócia, a Ásia, a Bitínia e Babilônia (1Pedro 1.1;5.13).

Em nenhum lugar das escrituras é mencionado que Pedro esteve em nenhum desses lugares, nem mesmo historicamente é mencionado tal passagem ou estadia lá, no entanto ao questionar que Pedro esteve em Roma usa o artifício de colocá-lo num lugar que nunca esteve, Pedro apenas direcionou sua primeira carta a este povo.

A passagem apresenta é:

1 Coríntios 9, 5 Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?

Não há nada nesta passagem descrito que Pedro era evangelista itinerante. O que diz é que Pedro pôde levar consigo a esposa dele, além do mais em todos os lugares que os apóstolos passavam eles evangelizavam, porém isto não diz que eles são “itinerantes“!

Outro erro é que o autor cita 1 Pedro dizendo que os acontecimentos dela foram no 55, sendo que  1ª Pedro foi escrita depois do ano 60, entre 64 e 67 para ser mais exato. 

Ano 57 – Paulo, na Epístola aos Romanos, saúda, nominalmente, 28 pessoas, mas não fala de Pedro (Romanos 18.1-15).

Ora e o que isto tem haver com uma pessoa está em Roma ou não?

O argumento fundado no silêncio não tem valor algum, a não ser que se prova que o fato passado em silêncio devia ser tratado ou mencionado por Paulo.

Paulo, três dias depois de chegar a Roma, “convocou os judeus mais notáveis”, pregando-lhes a Salvação em CRISTO JESUS. Desconheciam a doutrina que lhes era anunciada (Atos 28.17-29).

Ora o fato de alguns judeus não conhecerem a doutrina cristã não quer dizer que Pedro não estava lá, o fato de alguns africanos não conhecerem Cristo não quer dizer que João Paulo II nunca esteve na África.

E onde estavam os cristãos que Paulo se dirigiu em suas epistola aos romanos que não evangelizaram estes judeus? Então não havia nenhum cristão em Roma, para pregar para aqueles judeus?

Anos 61 a 63 – Paulo esteve preso em Roma por 2 anos, mas nunca Pedro o visitou.

Onde é que diz que Pedro nunca o visitou? Lucas em atos disse somente que Paulo esteve lá por 2 anos e não cita mais nada, é desconhecida as atividades de Paulo em Roma!

Na Segunda Epístola a Timóteo, escrita na prisão, no ano 63, Paulo queixou-se dos discípulos e amigos que se ausentaram: “Só Lucas está comigo” (2Timóteo 4.11). Pedro devia estar em Babilônia, de onde escreveu sua Primeira Epístola (1Pedro 5.13).

Mais uma omissão e deturpação e contradição:

Ele omite que Paulo mandou Timóteo levar Marcos para Roma, é só conferir os versículos seguintes a passagem que ele cita para ver, e já mostrei que Marcos estavam em Roma.

Se contradiz dizendo que em 63 Pedro estava em Babilônia. Ora como ele disse que Pedro era itinerante e disse que em 55 ele escreveu 1ª Pedro, então Pedro esteve ao menos 8 anos na Babilônia do Eufrates, e por que não encontramos nenhum indício na tradição ou mesmo histórico de nenhuma comunidade cristã lá?

Ano 67 – Pedro escreveu suas epístolas. Não há nenhum sinal de sua presença em Roma!

Vejam ai que Grande contradição, afinal Pedro escreveu suas epistolas em 55 como ele citou anteriormente ou em 67?

Ele era itinerante ou permaneceu 12 anos na babilônia do Eufrates? Por que de 55 a 67 são 12 anos quando foi então martirizado. É confuso entender tantas contradições!

Diante das evidências bíblicas e dos relatos históricos, é inegável a presença de Pedro em Roma, seu episcopado e seu martírio naquela cidade. Tentativas de desacreditar esses fatos carecem de fundamentos sólidos e são refutadas pela convergência de múltiplas fontes de informação. A verdade histórica permanece inabalável, resistindo às distorções e calúnias.

BIBLIOGRAFIA


¹ http://www.veritatis.com.br

² http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com/chero.html

http://capuchinhos.org

Conego A. Boulenger, Manual de Apologética.

PARA CITAR


RODRIGUES, Rafael: Pedro realmente esteve em Roma? Disponível em: <http://www.apologistascatolicos.com/index.php/apologetica/papado/454-pedro-realmente-esteve-em-roma> Desde 25/11/2011

 

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