INTRODUÇÃO
O Papa Gregório I, também conhecido como Gregório, o Grande ou Gregório Magno, foi Papa de 03 de setembro 590 até 604, ano da sua morte. Entre 578 e 595 d.C, em “O Ensino da Moral” ou “Moral em Jó” (Moralia in Job), escreveu ou pelo menos começou em Constantinopla. Neste mesmo trabalho há uma das mais famosas citações de São Gregório aos livros Deuterocanônicos, que hoje dificilmente um protestante deixa passar em branco em uma discussão sobre os livros deuterocanônicos:
“Com especial referência a que não estamos agindo de forma irregular, se a partir dos livros, embora não canônicos, mas publicados para a edificação da Igreja, nós apresentamos o testemunho. Assim Eleazar na batalha feriu e derrubou um elefante, mas morreu sob a própria besta que matou (I Macabeus 6, 46.)” (Moralia In Job, Parte IV, Livro XIX, 34).
Aqui, segundo alguns, são Gregório estaria rejeitando a inspiração do livro de I Macabeus; outros chegam até o absurdo de dizer que ele estaria rejeitando todos os livros deuterocanônicos. Todavia, algo que esses objetores não notam é que ele diz “dos livros, embora não canônicos”. Ele não diz que I Macabeus “não é inspirado” ou que “não é Escritura”. Apesar de ele denominar o livro como não canônico, não significa que ele não o considerava como Escritura.
A VERDADE
Novamente, recordamos que ele começou esse trabalho em 578 e terminou-o em 595. Ele assumiu o papado apenas em 590 d.C e reinou até 604 d.C e esse livro é dividido em duas partes, com cada uma contendo seis livros. A citação sobre Macabeus está apenas no livro III. Assim, essa passagem foi escrita no primeiro quarto de toda sua obra, bem antes de ser Papa, quando ele estava em Constantinopla, onde o livro de Macabeus “não fazia” parte do cânon litúrgico, portanto os protestantes que acham que um papa rejeitou um livro deuterocanônico passam bem longe da face histórica real. São Gregório, então, age da mesma forma que os outros padres, que não colocam esses livros em seu cânon litúrgico, mas mesmo assim, referem-se a eles como Escrituras. Veremos, agora, como ele cita os livros deuterocanônicos no próprio trabalho no qual a passagem está supostamente negando a inspiração de Macabeus:
“O orgulho é, claro, a raiz de todo mal, de que é dito, como a Escritura testemunha: ‘O orgulho é o começo de todo pecado’. (Eclesiástico 10, 26). Além disso, proliferando a partir desta raiz venenosa como a sua primeira cria são sete pecados capitais: vaidade, inveja, raiva melancolia, avareza, gula, luxúria. Pois, porque ele se entristeceu, por que nós estávamos reduzidos à servidão por estes sete [pecados] derivados do orgulho, por isso o nosso Redentor, cheio do espírito das sete graças, juntou-se a batalha espiritual para a nossa libertação.” (Ibidem, Parte VI, Livro XXXI, 87).
“[…] é dito pela Sagrada Escritura: ‘Não se torne como o cavalo e a mula que não têm entendimento’ (Salmo 31, 9). O esforço orgulhoso deste último é responsabilizado quando se diz: ‘Não procures o que é elevado demais para ti, e não procures penetrar nas coisas acima da tua capacidade’ (Eclesiástico 3, 22). Para o primeiro, é dito: ‘Mortificai vossos membros do que está sobre a terra: fornicação, impureza, lascívia e concupiscência maligna’ (Colossenses. 3, 5), a este último é dito: ‘Cuidado para que ninguém engane-o pela filosofia e vãos sofismas’ (Colossenses. 2, 8)” (ibdem Parte V, Livro XXVI, 27).
Aqui na mesma obra da citação, em que supostamente Gregório “nega” o status bíblico de Macabeus, ele cita Eclesiástico por duas vezes como Escritura. Macabeus está na mesma categoria de livros como Eclesiástico em todas as listas conhecidas. Essas duas passagens, por si mesmas, dão provas claras de que quando São Gregório fala de “não canônico”, não significa que o livro “não é bíblico” ou que “não é inspirado”, mas que se refere ao cânon litúrgico.
“Por isso é que, com dificuldade o descanso eterno é atingido pelos poderosos que estão cercados por exércitos inumeráveis de vassalos e encarregados com a mente cheia de uma grande variedade de preocupações. A respeito, a Escritura diz: ‘Uma sentença mais severa será para os poderosos.’ (Sabedoria 12, 6) Portanto Verdadeiramente diz o Evangelho: ‘A quem muito é dado, muito será cobrado’ (Lucas 12, 48). Raramente acontece que aqueles que possuem ouro, empenham se para o descanso eterno, na medida em que a Verdade mesmo diz: ‘Quão dificilmente os que têm riquezas entrarão no reino de Deus’ (Mateus 19, 25).” (Ibidem, Parte 1, Livro 4, 3).
Novamente, o Papa Gregório, no mesmo livro, declara que o livro da Sabedoria é Escritura.
“Ele é rei sobre todos os filhos da soberba (Jó 41, 25-26). Está escrito: ‘O orgulho é o começo de todo pecado’ (Eclesiástico 10, 15)”. (Ibidem, Parte 1, Livro 3, 2).
“A este respeito está escrito: ‘Pela inveja do diabo, a morte entrou no mundo’ (Sabedoria 2, 24). Pois quando a decadência da inveja corrompeu o coração dominado, indicações exteriores mostram quão grandemente os loucos impulsos provocam a mente.” (Ibidem, Livro III, 7).
“A Raiva de fato mata o tolo: e a inveja mata o pequeno (Jó 5, 2). Pois está escrito: ‘Mas tu, Senhor, julgas com tranquilidade’ (Sabedoria 12, 18), devemos tomar nota particular que tão freqüentemente como nós contemos nossas emoções turbulentas pela virtude da mansidão, estamos tentando retornar à semelhança do nosso Criador.” (Ibidem, Parte I, Livro III, 9).
Assim, na mesma obra, o Papa afirma o status bíblico desses livros três vezes, precedendo as citações pela frase “está escrito”. A frase é uma referência ainda mais inconfundível aos livros das Escrituras.
“Portanto, é dito por Salomão: ‘Por mais numerosos que sejam os anos de vida, regozija-se o homem em todos eles, mas deve pensar nos dias obscuros que serão numerosos. Tudo o que acontece é vaidade.” (Eclesiastes. 11, 8). Daí, novamente, está escrito: ‘Em todas as tuas obras, lembra do teu fim último, e tu nunca pecarás’ (Eclesiástico 7, 40).” (Ibidem, Parte I, Livro 2, 32).
“Por agora qualquer pecador lança fora o temor de Deus e ainda assim vive, blasfemar e ainda prospera, porque o Criador é misericordioso em vendo, não deseja punir a quem ele quer corrigir, o esperando, como está escrito: ‘Fechais os olhos aos pecados dos homens por causa do arrependimento’ (Sabedoria 11, 24). Mas quando o pecador é visto daqui por diante, ele não será mais, porque quando o juiz examina precisamente seus méritos, a culpa não é igual aos tormentos.” (Ibidem, Parte II, Livro I, 11).
“Observe como através de seus anjos ele vem estabilizar os delitos e imediatamente atinge os malfeitores. E aquele que é paciente, que é leve, do qual está escrito: ‘Mas tu, Senhor julgas com tranquilidade’ (Sabedoria 12, 18), do qual novamente está escrito: ‘O Senhor é um recompensador paciente’ (Eclesiástico 5, 4)” (Ibidem, Parte II, Livro IV, 15).
Mais três vezes no livro da Moral, o termo “está escrito” é visto, indicando o reconhecimento do livro como Escritura.
Nessa obra, São Gregório refere-se aos livros deuterocanônicos cerca de 37 a 40 vezes da mesma forma que faz com os livros protocanônicos, sem fazer distinção alguma entre eles. A evidência de que São Gregório fornece é esmagadora: Os livros deuterocanônicos são Escrituras e qualquer tentativa de querer usar uma citação isolada dele para negar a inspiração dos livros deuterocanônicos é absolutamente falsa, mal informada e enganosa.
Há também outras citações que mostram o nível de autoridade que o Papa Gregório dava aos livros deuterocanônicos em seus outros escritos. São aproximadamente 25 citações; evidentemente, não podemos citar todas neste trabalho, senão a leitura se tornará maçante, porém, escolhemos algumas para melhor demonstrar o seu real pensamento.
“Mas, se a sua Santidade sabia tanto o que eu referi na minha carta quando o que tinha sido feito, seja contra João presbítero ou contra Atanásio, monge de Isauria e presbítero, e escreveu-me, eu não sei, o que posso responder a isto, porque a Verdade diz através da Sua Escritura: ‘A boca que mente mata a alma’ (Sabedoria 1, 11)” (Livro III, Epístola 13).
Para São Gregório, a verdade fala através da Escritura, que é o livro da Sabedoria. Essa é uma citação explícita do reconhecimento da inspiração da Sabedoria.
“Afim de que Eles não dessem nada àqueles a quem eles devem dar alguma coisa, ouça o que está escrito, dá a qualquer homem o que te pedirem (Lucas 6, 30). Para que não derem alguma coisa, embora pouco, para aqueles a quem eles não deveriam dar nada, deixá-los ouvir o que está escrito: “ ‘Dê ao homem bom, e não receba um pecador: faça o bem para aquele que é humilde, e não entregues para os ímpios’ (Eclesiástico 7, 4). “E mais uma vez, ‘Põe o teu pão e vinho sobre a sepultura dos justos, mas não coma nem beba com os pecadores’ (Tobias 4, 17)’”. (Grande Regra Pastoral, Capítulo XX).
Novamente, o santo usa a expressão “está escrito” três vezes nessa passagem. Primeiramente, cita Lucas como Escritura e, de forma absolutamente igual, refere-se a Tobias e a Eclesiástico.
“Mas o Senhor mostrou com forte censura o que ele repudia neles, dizendo através de certo homem sábio: ‘Aquele que oferece sacrifício da matéria do pobre faz como aquele que mata o filho diante dos olhos do pai’ (Eclesiástico 34, 20).” (Regra Pastoral, Capítulo XXI).
Deus (O Senhor) censura através do livro do Eclesiástico.
“Por conseguinte, está escrito: ‘O cão voltou ao seu próprio vômito, e a serra que foi lavada com ela, esfrega-se na lama’ (II Pedro 2, 22). Pois o cão, quando vomita, certamente lança para fora a comida que pesava sobre o seu estômago; […] Daí, novamente, está escrito: ‘não repita uma palavra na tua oração’ (Eclesiástico 7, 14). Pois repetir uma palavra na oração é, depois de lamentar-se, cometer o que novamente foi lamentando.” (Regra Pastoral, Capítulo XXX).
Outra vez aparece a expressão “está escrito” duas vezes e da mesma maneira em referência a duas passagens das Escrituras, II Pedro e Eclesiástico.
“Quanto ao que você diz que deseja ser feito a você perto do sacratíssimo corpo do santo apóstolo Pedro, tenha certeza de que, apesar de sua língua estar em silêncio, sua caridade ordena a fazer isso. De fato eles eram dignos de orar por vós, mas disso eu não sou digno, não tenho nenhuma dúvida. Ainda assim, no entanto, há aqui muitos povos dignos, que estão sendo resgatadas do inimigo por sua oferta, e servem fielmente ao nosso Criador, no que diz respeito ao que você fez, está escrito: ‘Coloca a esmola no seio do pobre, e ele orará por ti’ (Eclesiástico 37, 15).” (Epístola XXXII).
Novamente, segundo Gregório, Eclesiástico é, inquestionavelmente, Escritura.
“Mas certamente esta é uma promessa da vida futura, visto que é dito: ‘Os justos resplandecerão como o sol’ (Mateus 13, 43; Sabedoria 3, 7). Pois, em qualquer virtude qualquer um pode sobressair-se, como ele pode resplandecer como o sol, enquanto ainda na vida presente, em que ‘O corpo corruptível torna pesada a alma, e a morada terrestre oprime o espírito carregado de cuidados’ (Sabedoria 9, 15), em que vemos uma outra lei em nossos membros guerreando contra a lei de nossa mente, e trazendo-nos para o cativeiro pela lei do pecado que está em nossos membros (Romanos 7, 23); Ainda em nós mesmos nós temos a resposta da morte, que não devemos confiar em nós mesmos (II Coríntios 1, 9); em que também o profeta grita em voz alta, medo e tremor cantam em cima de mim, e a escuridão me cobre (Salmo 54, 6.)? Pois está escrito também: ‘Um homem sábio permanece como o sol, um tolo muda como o lua’ (Eclesiástico 27, 12.). Onde a comparação do sol não é aplicado ao esplendor de seu brilho, mas a perseverança em fazer o bem.” (Epístola VII).
Nessa passagem, ele cita sete vezes o Antigo e o Novo Testamento. Ele usa alternadamente Mateus, duas vezes a Sabedoria, Romanos, Salmos, II Coríntios e Eclesiástico sem fazer nenhuma distinção entre eles.
“E ainda assim eu me alegro com a sua benignidade que você cuidadosamente atende e observar o que diz a verdade, da esmolas, e eis que tudo vos será limpo (Lucas 11, 41), e isto que está escrito: ‘Assim como água, apaga o fogo, esmolas para enfrenta o pecado’ (Eclesiástico 3, 33). O apóstolo Paulo também diz: ‘Deixe a sua abundância suprir sua falta, que também a abundância deles possa ser uma fonte a sua necessidade (II Coríntios. 8, 14). Tobias aconselha seu filho, dizendo: ‘Se tens muito, dá abundantemente, mas se tens pouco, deste pouco conceda de bom grado’ (Tobias 4, 9.)” (Livro VII, Epístola XXVIII).
Assim, ele não faz nenhuma distinção entre os livros protocanônicos (II Coríntios e Lucas) dos deuterocanônicos (Tobias e Eclesiástico).
QUASE 100 CITAÇÕES DE GREGÓRIO MAGNO AOS LIVROS DEUTEROCANÔNICOS
Abaixo as quase 100 citações que encontramos apenas em seus comentários ao livro de Jó, bem estranho esse número para quem tinha estes livros como de inspiração meramente humana. Colocamos apenas o versículo citado e a referência a ele na obra para economizarmos espaço. Quem quiser conferi-las pode acessar a obra de São Gregório Online
Eclesiástico II, 14. – Comentário sobre Jó, Livro. I. 36.
Eclesiástico I, 16 – Ibid. 55.
Sabedoria I, 7. – Ibid. Livro III, 13.
Eclesiástico XXIV, 8 – Ibdi.
Eclesiástico XXXII, 26 – Ibdi. Livro III, 13
Eclesiástico XI, 27 – Ibdi. 16
Sabedoria XII, 15 – Ibdi. 26
Eclesiástico IV, 24 – Comentário sobre Jó, Livro IV, 32
Eclesiástico XXI, 1 – Ibdi. 39
Eclesiástico II, 1 – Ibdi. 42
Eclesiástico I, 33 – Ibdi. 61
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. 68
Sabedoria IX, 16 – Ibdi. Livro V, 12
Sabedoria IV, II – Ibdi. 34
Eclesiástico V, 4 – Ibdi. 35
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. 58
Sabedoria VII, 26 – Ibdi. 64
Sabedoria XII, 18 – Ibdi. 78
Sabedoria II, 24 – Ibdi. 85
Sabedoria V, 21 – Ibdi. Livro, VI. 14
Sabedoria XVI, 20 – Ibdi. 22.
Tobias IV, 16 – Ibdi. 54.
Eclesiástico XII, 8 – Ibdi. Livro VII, 29
Eclesiástico II, 16 – Ibdi. 45
Sabedoria XI, 24 – Ibdi. Livro VIII, 31
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. 12
Eclesiástico XXXIV, 7 – Ibdi. 42
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. 50
Eclesiástico XL, 1 – Ibdi. 55
Sabedoria V, 6 – Ibdi. 76
Eclesiástico I, 13 – Ibdi. 88
Sabedoria II, 12 – Ibdi. Livro IX, 89
Eclesiástico VII, 40 – Ibdi. 92
Sabedoria VI, 7 e 9 – Ibdi. 98
Tobias VI, 16 – Ibdi. Livro X, 8
Eclesiástico VII, 15 – Ibdi. 28
Eclesiástico I, 13 – Ibdi. 35
Eclesiástico XXXIV, 2 – Ibdi. Livro XI, 68
Sabedoria III, 2 – Ibdi. Livro XII, 6
Sabedoria XII, 18 – Ibdi. 14
Sabedoria XVII, 10 – Ibdi. 46
Eclesiástico XI, 27 – Ibdi. Livro XIII, 48
Eclesiástico X, 15 – Ibdi. Livro XIV, 19
Eclesiástico XXII, 2 – Ibdi. XV, 5
Sabedoria I, 4 – Ibdi. 9
Eclesiástico III, 22 – Ibdi. Livro XVI, 8
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. Livro XVII, 39
Eclesiástico XII, 5 – Ibdi. Livro XVIII, 2
Sabedoria I, 11 – Ibdi. 5
Sabedoria V, 8 e 9 – Ibdi. 29
Eclesiástico II, 5 – Ibdi. 40
Eclesiástico XXXVIII, 25 – Ibdi. 68
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. 71
Eclesiástico XV, 3 – Ibdi. Livro XIX, 9
Sabedoria IV, 8-9 – Ibdi. 26
I Macabeus VI, 46 – Ibdi. 34
Eclesiástico XXX, 24 – Ibdi. 38
Eclesiástico XIV, 5 – Ibdi.
Sabedoria XII, 18 – Ibdi. 46
Eclesiástico V, 4 – Ibdi.
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. Livro XX, 8
Eclesiástico II, 11-12 – Ibdi. 51
Eclesiástico IV, 18-19 – Ibdi.
Eclesiástico I, 13 – Ibdi. 56
Eclesiástico XVIII, 15-17 – Ibdi. Livro XXI, 29
Eclesiástico XX, 32 – Ibdi. Livro XXII, 7
Sabedoria VII, 15 – Ibdi. Livro XXIII, 31
Eclesiástico X, 15 – Ibdi. 44
Sabedoria III, 5 – Ibdi. 44
Eclesiástico II, 1 – Livro XXIV, 27
Sabedoria III, 7 – – Ibdi. 49
Eclesiástico XXXII, 1 – Ibdi. 52
Sabedoria VI, 5 – Ibdi. 54
Eclesiástico V, 4 – Ibdi. Livro XXV, 6
Sabedoria XIII, 5 – Ibdi. Livro XXVI, 17
Sabedoria VI, 17 – Ibdi.
Eclesiástico III, 22 – Ibdi. 27
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. Livro XXVII, 45
Sabedoria XVII, 10 – Ibdi. 48
Eclesiástico III, 17 – Ibdi. 53
Sabedoria II, 24 – Ibdi. Livro XXIX, 15
Sabedoria VII, 24 – Ibdi. 24
Eclesiástico V, 7 – Ibdi. 54
Sabedoria IX, 15 – Ibdi. Livro XXX, 15
Eclesiástico XV, 9 – Ibdi. 74
Eclesiástico X, 15 – Ibdi. Livro XXXI, 87
Sabedoria XII, 18 – Ibdi. Livro XXXII, 9
Eclesiástico X, 15 – Ibdi. 11
Eclesiástico XXIX, 33 – Ibdi.19
Sabedoria III, 7 – Ibdi. Livro XXXIII, 7
Eclesiástico V, 6-7 – Ibdi.23
Eclesiástico XXI, 10 – Ibdi. 55
Sabedoria V, 6 – Ibdi. Livro XXXIV, 25
Eclesiástico XXVII, 12 – Ibdi.
Eclesiástico XXXII, 1 – Ibdi. 53
Eclesiástico X, 9 – Ibdi.
Sabedoria II, 8-9 – Ibdi. 55
CONCLUSÃO
É bem estranho quem rejeitava os livros deuterocanônicos, ou os considerava sem inspiração, fazer tantas citações de livros de inspiração meramente humana. Essa era a falsa “carta na manga” para os protestantes: ver um bispo romano supostamente negar a inspiração dos livros deuterocanônicos. Só que tudo o que ele fez foi falar sobre a canonicidade litúrgica do livro de Macabeus, e não sobre sua inspiração. E para mostrar que nunca os rejeitou foi demonstrado que ele usou, praticamente, todos os deuterocanônicos para dar ensinamento de moral e não fez nenhuma distinção entre eles e os protocanônicos. Ele usou a expressão “está escrito”, que é usada apenas para os livros inspirados e aplicou essa frase várias vezes a esses livros. Ele usou-os de forma intercambiável com os outros livros inspirados e tratou-os no mesmo nível. Logo, ele os tinha como Escritura e, assim, o argumento de que um bispo romano negou a inspiração dos deuterocanônicos se torna nulo.
BIBLIOGRAFIA
RODRIGUES, Rafael. Manual de Defesa dos Livros Deuterocanônicos. 1a edição. Salvador. BA: Clube dos Autores, 2012.
BREEN A. E. A General and Critical Introduction to the Holly Scripture. New York: John P. Smith Printing, 1897.
PARA CITAR
RODRIGUES, Rafael. São Gregório Magno rejeitou os livros deuterocanônicos? Disponível em: <http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/deuterocanonicos/596-sao-gregorio-magno-rejeitou-os-livros-deuterocanonicos> Desde: 14/05/2013