O termo Doutor da Igreja que se associa muitas vezes ao de Padre, não é um simples sinônimo. Indica um grau a mais, pois nem todos os Padres são Doutores. Estes têm que ter as mesmas condições exigidas para os Padres, menos a antigüidade, pois os Doutores pertencem a todas as idades da Igreja.
Originariamente, a palavra Padre designava de uma maneira geral, todos aqueles que estudavam a mensagem de Cristo.Pouco a pouco passou a ser reservada a alguns grandes espíritos cuja ciência eminente, rigorosa ortodoxia e exemplar santidade lhes conferiam uma autoridade admitida por todos.
A igreja reconheceu e designou como doutores um pequeno número de homens muito escolhidos, continuando a usar igual parcimônia até os nossos dias. A Igreja bizantina venera três Doutores: São Basílio, São Gregório Nazienzeno e São João Crisóstomo. Roma acrescenta-lhe um quarto oriental – Santo Atanásio. E também quatro ocidentais: Santo Ambrósio, São Jerônimo, Santo Agostinho e São Gregório Magno. São estes os oito “Grandes doutores da Igreja“.
O simples qualificativo de Doctores Eclesiae foi também oficialmente concedido pela Igreja aos ocidentais como Santo Hilário de Poitiers, São Leão Magno e Santo Isidoro de Sevilha. E aos orientais como Santo Atanásio, Santo Éfrem e São João Crisóstomo. Mais tarde também a escritores da Época Medieval e Moderna como, por exemplo: Santo Alberto Magno, São Tomás de Aquino, Santo Antônio de Pádua e mais recentemente Santa Teresinha do Menino Jesus.
Fonte: Studenti Roma