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SANTO AGOSTINHO DE HIPONA
Distingamos, vendo-nos a nós próprios neste membro da Igreja, o que é de Deus e o que é nosso. Pois então não vacilaremos, então estaremos fundados sobre a Pedra, então estaremos fixos e firmes contra os ventos, e tormentas, e correntes, as tentações, quero dizer, deste mundo presente. No entanto vede este Pedro, que era então nossa figura; ora confia, ora vacila; ora confessa o Imortal, ora teme que Ele morra. Porquê? Porque a Igreja de Cristo tem tanto fracos como fortes … Quando Pedro disse “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” representa os fortes; mas quando vacila, e não admite que Cristo possa sofrer, ao temer a morte d`Ele, e não reconhece a vida, ele representa os fracos da Igreja. Naquele único Apóstolo então, ou seja, Pedro, na ordem dos Apóstolos primeiro e principal, em quem a Igreja estava figurada, ambos os tipos estavam representados, ou seja, tanto os fortes como os fracos; porque a Igreja não existe sem ambos. (Sermão 26.) [109]
“Cristo, como vês, edificou a sua Igreja não sobre um homem mas sobre a confissão de Pedro. Qual é a confissão de Pedro? «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Aqui está a pedra para ti, aqui está o fundamento, aqui é onde a Igreja foi edificada, a qual as portas do inframundo não podem conquistar.”(Sermão 229P.1) [110]
Santo Agostinho devevira ser o ultimo pai da igreja a ser citado por um protestante para falar do primado petrino, textos como estes são tão tentadores que sempre volta a bater na mesma pedra.
Primeiro temos de ter em conta, que o bispo de Hipona ao longo de sua vida era a favor de ambas as interpretações. Inicialmente reconhecida Pedro como a Rocha de Mateus 16, 18:
“Não vamos ouvir aqueles que negam que a Igreja de Deus é capaz de perdoar todos os pecados. Eles estão errados, porque eles não reconhecem em Pedro a Rocha e eles se recusam a acreditar que as chaves do céu, a partir de suas próprias mãos, foram entregues à Igreja.” [111]
“Quando assim ele disse aos seus discípulos: “Você também me deixaram”, Pedro, a rocha, respondeu por todos: “Senhor, a quem iremos nós, só tu tens palavras de vida eterna”[112]
“Pedro, que havia confessado a ele como o filho de Deus, e que nessa confissão foi chamado de rocha sobre a qual a igreja devia a ser construída” [113]
“... Mas essa rocha, o próprio Pedro, a grande montanha…” [114]
Mas também em outras passagens Santo Agostinho também usa a interpretação onde a rocha é a fé de Pedro, e explica que ambas as interpretações são usadas na Igreja:
“Em meu primeiro livro contra Donato mencionei em algum lugar uma referência ao apóstolo Pedro como ‘a igreja está fundada sobre ele como uma rocha’. Esta interpretação também soa em muitos lábios nas linhas de bênção de Santo Ambrósio, na qual falando de sua própria casa, ele diz: Quando ele canta, a rocha da Igreja absolve pecado. Mas eu me lembro que, freqüentemente, explicou as palavras de Nosso Senhor a Pedro: ‘Sobre esta pedra edificarei a minha igreja’, de modo que deve ser entendida como referindo-se a confissão do próprio Pedro quando disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, no sentido de que Pedro tinha sido nomeado rocha, levou a figura da Igreja, que é construída sobre esta pedra e recebeu as chaves do reino dos céus. A partir do que foi dito sobre ele não disse “Você é Rocha,” mas “Tu és Pedro”, pois a pedra era Cristo, tendo sido confessado por Simão (e como toda a Igreja confessa), que foi chamado Pedro. Qual dessas interpretações é correta, decida o leitor”[115]
Nesta segunda interpretação, Santo Agostinho não rejeita a primazia, mas argumenta que Pedro é chamado de rocha em vitude de sua fé, e sua primazia representa a Igreja. Compreender, no entanto, que existem outros pais que interpretam em Pedro, a rocha (como Santo Ambrósio) e deixa o leitor livre para decidir qual interpretação que considera adequada (o que mostra que não vê a primeira interpretação como incorreta).
É por isso que Santo Agostinho não pode ser considerado como um adversário da interpretação que reconhece Pedro como a rocha, a qual professou maior parte de sua vida.
A idéia onde Pedro carrega uma figura de toda a Igreja por ser o chefe do colégio apostólico, Agostinho desenvolve em diferentes textos:
“… O primeiro e principal, na ordem dos Apóstolos, no qual a Igreja foi representada.” [116]
“Tal que a Igreja atua em bendita esperança para esta vida conturbada, e esta Igreja… foi personificada no Apóstolo Pedro, que tomou conta da primazia entre os apóstolos” [117]
“São Pedro, o primeiro dos apóstolos, que amou ardentemente a Cristo, e que chegou a ouvir dele as palavras: ‘por isso eu digo: Tu és Pedro’. Pois ele havia dito antes: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. E Cristo respondeu: ‘Por isso eu digo: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.’ Sobre esta pedra edificarei a esta mesma fé que professa. Sobre esta declaração você fez: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, edificarei a minha Igreja. Porque tu és Pedro’. ‘Pedro’ é uma palavra derivada de ‘pedra’, e não vice-versa. ‘Pedro’ vem de ‘pedra’, assim como ‘cristão’ vem de ‘Cristo’. O Senhor Jesus, antes de sua paixão, como você sabe, escolheu os seus discípulos, a quem deu o nome de apóstolos. Entre eles, Pedro foi o único que representava toda a Igreja em quase toda parte. Portanto, assim como ele representou em sua pessoa para toda a Igreja, pode escutar estas palavras: ‘Eu te darei as chaves do reino dos céus’. Porque estas chaves foram recebidas não para apenas um homem, mas toda a Igreja. Daí a excelência da pessoa de Pedro, como ele representava a universalidade e unidade da Igreja, quando ele disse: ‘vou dou, tratando se de algo que foi dado a todos. Bem, para que saibais que a Igreja recebeu as chaves do reino dos céus, ouvie o que o Senhor disse em outro lugar a todos os seus apóstolos: ‘Recebei o Espírito Santo’. E então: a quem perdoardes os pecados serão perdoados, que os retiverdes lhes são retidos. Nesse sentido, o Senhor, depois de sua ressurreição, confiou a Pedro suas ovelhas para apascenta-las. Não que ele era o único dos discípulos que tinham o encargo de apascentar o rebanho do Senhor, é que Cristo, em virtude de se referir a um, significava a unidade da Igreja, e, se direcionado a Pedro em detrimento de outros, é porque Pedro é o primeiro entre os apóstolos. Não fique triste,apóstolo, responde uma vez, responde duas, responde três. Fez por três vezes a sua profissão de amor, já que três vezes o medo venceu a sua presunção. Três vezes deve ser desligado o que três vezes você tinha ligado. Desligado através do amor o que você tinha ligado através do medo. Apesar da sua fraqueza, pela primeira, segunda, e terceiro vez, o Senhor confiou suas ovelhas a Pedro”[118]
Agora é necessário elucicar como ele reconhecia a primazia de Pedro e Roma (de honra ou jurisdição). Essa é uma análise de outros textos e da vida de Santo Agostinho que não deixam espaço para dúvidas.
“Não se pode crer que você guarda a fé católica, se não ensina que se deve guardar a fé romana” [119]
“Independentemente da sincera e verdadeira sabedoria… que em sua opinião não está na Igreja Católica, muitas outras razões me mantém no seu seio: o consentimento das pessoas e dos povos; a autoridade, erigida com milagres, nutrida com a esperança, aumentada com a caridade, confirmada pela antiguidade; a sucessão de bispos da própria Sé do Apóstolo Pedro, a quem o Senhor recomendou, depois da ressurreição, apascentar suas ovelhas, até o Episcopado de hoje;..”[120]
Santo Agostinho afirma que na Igreja de Roma sempre residiu primazia da cátedra apostólica (não pode ser mais explícito reconhecimento da sua primazia):
“…cum se videret et Romanae Ecclesiae, in qua semper apostolicae cathedrae viguit principatus..”
“…ele [Ceciliano] viu-se com a Igreja Romana, na qual sempre floreceu a primazia da cátedra apostólica…” [121]
CIRÍLO DE ALEXANDRÍA
Mas por que dizemos que eles são «fundamentos da terra»? Pois Cristo é o fundamento e a base inabalável de todas as coisas … Mas os seguintes fundamentos, aqueles mais próximos de nós, pode entender-se que são os apóstolos e evangelistas, aquelas testemunhas oculares e ministros da Palavra que foram levantados para o fortalecimento da fé. Pois quando reconhecemos que as suas próprias tradições devem ser seguidas, servimos a uma fé que é verdadeira e não se desvia de Cristo. Pois quando [Pedro] sábia e irrepreensivelmente confessou a sua fé a Jesus dizendo, «Tu és Cristo, Filho do Deus vivo», Jesus disse ao divino Pedro, «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja». Ora, pela palavra «pedra» Jesus indicou, penso eu, a inamovível fé do discípulo…Comentário sobre Isaías IV,2 (PG 70:940) [131]
«E eu digo-te, tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela». O apodo, creio, chama a nada mais senão à inabalável e mui firme fé do discípulo «uma pedra», sobre a qual a Igreja foi fundada e feita firme e permanece continuamente inexpugnável mesmo em relação às próprias portas do inferno. Diálogo sobre a Trindade IV (PG 75:866) [132]
Cirilo de Alexandria também faz uso de ambas as interpretações, e reconhece que Pedro é chamado de rocha” em virtude de sua fé, para que sobre ele fosse construída a Igreja.
“Ele mudou seu nome para Pedro, a palavra pedra (rocha), porque sobre ele mais tarde fundou a sua Igreja” [133]
“Bendito és tu … chamando, eu acho, nada mas a rocha, em alusão ao seu nome, pola a fé imóvel e estável do discípulol em cima do qual a Igreja de Cristo está fundada e fixada sem perigo de fracassar”[134]
“Ele promete fundar a Igreja, colocando-a imóvel, como Ele é , o Senhor da força, e sobre esta ele colocou Pedro como pastor” [135]
Chama a Pedro de “o príncipe dos santos discípulos”:
“… Pedro, que era o príncipe dos santos discípulos …” [136]
“Além de tudo isso, deixe-me apresentar o líder dos santos discípulos, Pedro, que, quando o Senhor, em certa ocasião, a ele perguntou: ‘Quem dizem os homens ser o Filho do homem?’ Gritou instantaneamente, você é o Cristo, o Filho do Deus vivo” [137]
Em outros textos, ele chama-o de “o escolhido dos santos apóstolos”, “o Corifeu”, etc. (Expressões não exatamente que quem desconhece sua primazia).
TEODORETO DE CIRO
“Que ninguém nesciamente suponha que o Cristo é qualquer outro senão o Filho unigénito. Não nos imaginemos mais sábios que o dom do Espírito. Escutemos as palavras do grande Pedro, «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Escutemos o Senhor Cristo confirmando esta confissão, pois «Sobre esta pedra», diz, «edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela». Portanto também o sábio Paulo, excelentíssimo arquitecto das igrejas, não fixou outro fundamento senão este. «Eu», diz, «como sábio arquitecto pus o fundamento, e outro edifica sobre ele. Mas que cada um veja como edifica sobre ele. Pois nenhum homem pode pôr outro fundamento senão o que está posto, o qual é Jesus Cristo». … Portanto nosso Senhor Jesus Cristo permitiu ao primeiro dos apóstolos, cuja confissão Ele tinha fixado como uma espécie de alicerce e fundamento da Igreja, que vacilasse, e que o negasse, e então o levantou de novo … Certamente ele está chamando à fé piedosa e à confissão verdadeira uma «pedra». Pois quando o Senhor perguntou aos seus discípulos quem dizia o povo que ele era, o bendito Pedro falou, dizendo «Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo». Ao que o Senhor respondeu: «Em verdade, em verdade te digo que és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela». (Epístola 146; 77; Comentário ao Cântico dos Cânticos, II,14. (NPNF2 3)) [138]
Nilo de Ancira reconhece como “o primeiro dos apóstolos” e afirma que a Igreja é edificada sobre a sua confissão de fé. Em sua carta ao Papa Leão exorta a participar e a apelar para a Sé Apostólica (Roma), que ocupa o primeiro lugar, quando necessário para curar as feridas das Igrejas.
“Se Paulo, o arauto da verdade, a trombeta do Espírito Santo, apressou-se ao grande Pedro para que pudesse trazer-lhe a solução desejada as dificuldades em Antioquia que estavam hesitantes sobre a vida sob a lei, e muito mais nós homens insignificantes, apressemo-nos a Sé Apostólica, a fim de receber uma cura para as feridas das Igrejas. Por todas estas razões, é mantida em primeiro lugar, na medida em que você oavê adornada com tantos privilégios.”[139]
BASÍLIO DE SELEUCIA
“Em obediência a língua de Pedro se pôs em movimento e apesar de ignorante da doutrina, forneceu uma resposta: «Tu és Cristo, Filho do Deus vivo»… Ora Cristo chamou a esta confissão uma pedra, e nomeou quem a confessou «Pedro», percebendo a alcunha como apropriada para o autor desta confissão. Pois esta é a pedra solene da religião, esta é a base da salvação, esta é o muro da fé e o fundamento da verdade: «Pois ninguém pode pôr outro fundamento senão o que está posto, o qual é Cristo Jesus». (Oração XXV,4 (PG 85:297-298)) [140]
Dr. Saraví continua repetindo o anacronismo de pensar que, porque um pai escreve que Pedro recebeu o seu nome (rocha) por sua confissão, de alguma forma, rejeitou o primado de Pedro. Textos também omitidos onde ele reconhece a sua primazia:
Além disso, para Basílio, São Pedro é o líder (CORIFEU), os apóstolos, e do chefe dos discípulos de Cristo. [141]
“Pedro é novamente chamado o corifeu dos Apóstolos” [142]
LEÃO I MAGNO
“Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador da humanidade, instituiu a observância da religião divina, a qual Ele quis que pela graça de Deus derramasse o seu brilho sobre todas as nações e todos os povos de tal forma que a Verdade, que antes estava confinada ao anúncio da Lei e dos Profetas, pudesse através do som da trombeta dos Apóstolos sair para a salvação de todos os homens, como está escrito: «Por toda a terra saiu o som deles, e as suas palavras até os confins do mundo». Mas este sacramento misterioso o Senhor desejou que fosse a ocupação de todos os Apóstolos, mas de tal forma que Ele pôs o cargo principal no bendito Pedro, chefe de todos os Apóstolos; e dele como da Cabeça deseja que os seus dons fluam para todo o corpo; de modo que qualquer um que se atreve a separar-se da sólida pedra de Pedro possa entender que não tem parte nem porção no mistério divino. Pois Ele desejou que aquele que tinha sido recebido em companheirismo na Sua unidade indivisa que fosse nomeado como Ele próprio o foi, quando disse: «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»; para que a edificação do templo eterno pelo dom maravilhoso da graça de Deus pudesse descansar sobre a sólida pedra de Pedro: fortalecendo a Sua Igreja tão certamente que nem a precipitação humana poderá assaltá-la, nem as portas do inferno poderão prevalecer contra ela. Mas esta santíssima firmeza da pedra, levantada, como dissemos, pela mão edificadora de Deus, um homem tem de desejar destrui-la em extrema impiedade quando tenta quebrar o poder dela, favorecendo os seus próprios desejos, e não seguindo o que ele recebeu dos antigos…” (Epístola aos bispos da Província de Viena, X (NPNF2 12:8-9)) [143]
E quando eles registaram as várias opiniões de outras pessoas, Ele disse, «Mas vós, quem dizeis que eu sou?» … Perante isto o bendito Pedro, cuja confissão divinamente inspirada estava destinada a beneficiar todas as nações, disse, «Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo». E não imerecidamente foi ele declarado bendito pelo Senhor, tomando da pedra angular principal a solidez do poder que o seu nome também expressa, ele, que, através da revelação do Pai, confessou-lhe ser ao mesmo tempo Cristo e Filho de Deus…(Carta a Flaviano, XXVIII, 5 (NPNF2 12:41-42)) [144]
E se Eutiques tivesse crido isto inteligente e totalmente, nunca se teria retirado do caminho desta Fé. Pois Pedro recebeu esta resposta do Senhor por sua confissão: «Bendito és tu, Simão Bar-Jonas; pois carne e sangue não to revelou, mas meu Pai que está no céu. E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela». Mas o que tanto rejeita a confissão do bendito Pedro como contradiz o Evangelho de Cristo, está muito longe da união com este edifício; pois se mostra a si mesmo como nunca tendo tido nenhum zelo para entender a Verdade, e ter apenas a aparência vazia de alta estima, que não adornou as cãs da velhice com algum juízo maduro do coração.(Carta ao Sínodo de Éfeso XXXIII, 1 (NPNF2 12: 47)) [145]
Uma vez que, portanto, a Igreja universal tornou-se uma pedra (petra) através da edificação da Pedra original, e o primeiro dos Apóstolos, o beatíssimo Pedro, ouviu a voz do Senhor dizendo, «Tu és Pedro, e sobre esta pedra (petra) edificarei a minha Igreja», quem é que se atreve a assaltar tal fortaleza inexpugnável, a não ser o anticristo ou o diabo, que, permanecendo inconverso na sua impiedade, está ansioso por semear mentiras mediante os vasos da ira que são apropriados para a sua perfídia, enquanto sob o falso nome de diligência pretende estar em busca da Verdade. (Carta a Leão César CLVI, 2 (NPNF2 12:100)) [146]
E do Seu governo e protecção eterna recebemos também o apoio da ajuda dos Apóstolos, a qual certamente não cessa em sua operação; e a força do fundamento, sobre o qual se levanta toda a superstrutura da Igreja, não se debilita pelo peso do templo que descansa sobre ele. Pois a solidez daquela fé que foi louvada no chefe dos Apóstolos é perpétua; e como permanece o que Pedro creu em Cristo, assim permanece o que Cristo instituiu em Pedro. Pois quando, como se leu na lição do Evangelho, o Senhor perguntou aos discípulos quem criam eles que Ele era, entre as variadas opiniões sustentadas, e o bendito Pedro respondeu, dizendo, «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo», o Senhor diz, «Bendito és tu, Simão Bar-Jonas, porque carne e sangue não to revelou, mas meu Pai que está no céu. E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Hades não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus. E o que ligares na terra, será ligado no céu; e o que desligares na terra, será desligado também no céu». A dispensação da Verdade portanto permanece, e o bendito Pedro perseverando na força da Pedra, que ele recebeu, não abandonou o leme da Igreja, que ele tomou. Pois ele foi ordenado antes do resto de tal forma a ser chamado a Pedra, a ser pronunciado o Fundamento, a ser constituído o Porteiro do reino dos céus, a ser colocado como Árbitro para ligar e desligar, cujos juízos reteriam a sua validade no céu, por todos estes títulos místicos podemos conhecer a natureza da sua associação com Cristo. E ainda hoje ele mais plena e efectivamente desempenha o que lhe está confiado, e realiza cada parte da sua obrigação e encargo n`Ele e com Ele, através de Quem foi glorificado. E assim, se qualquer coisa é rectamente feita e rectamente decretada por nós, se qualquer coisa é ganha da misericórdia de Deus por nossas súplicas diárias, é por sua obra e mérito cujo poder vive e cuja autoridade prevalece na sua Sede. Pois isto, amadíssimos, foi ganho por aquela confissão, a qual, inspirada no coração do Apóstolo por Deus o Pai, transcendeu toda a incerteza das opiniões humanas, e foi dotada com a firmeza de uma pedra, a qual nenhum assalto poderia abalar. Pois em toda a Igreja Pedro diariamente diz: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo», e toda a língua que confessa o Senhor aceita a instrução que a sua voz transmite. Esta Fé conquista o diabo, e rompe as ataduras dos seus prisioneiros. Arranca-nos desta terra e planta-nos no céu, e as portas do Hades não podem prevalecer contra ela. Pois com tal solidez está dotada por Deus que a depravação dos heréticos não pode danificá-la nem a incredulidade dos gentios vencê-la. (Sermão III , 2-3 (NPNF2 12:117)) [147]
E justamente foi o bendito Apóstolo Pedro louvado por confessar esta união, que quando o Senhor estava inquirindo o que conheciam d`Ele os discípulos, rapidamente se antecipou ao resto e disse, «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». E isto certamente viu, não pela revelação de carne ou sangue, que poderiam ter dificultado a sua visão interior, mas pelo próprio Espírito do Pai operando no seu coração crente, para que em preparação para governar toda a Igreja ele pudesse primeiro aprender o que haveria de ensinar, e para a solidificação da Fé, a qual estava destinado a pregar, pudesse receber esta garantia, «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela». Esta força, portanto, da Fé cristã, a qual, edificada sobre uma pedra inexpugnável não teme as portas da morte, reconhece o único Senhor Jesus Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, acreditando igualmente que ele é o Filho da Virgem, que é o Criador da sua Mãe; nascido também no final dos tempos, embora seja o Criador do tempo; Senhor de todo poder, e ainda assim mortal; ignorante do pecado, e ainda assim sacrificado pelos pecadores à semelhança da carne pecaminosa. (Sermão sobre a Paixão, XI Sermão LXII, 2 (NPNF2 12:174)) [148]
Estes textos mencionados pelo Dr. são excelente síntese da doutrina católica sobre o primado do qual Leão I é contado como um expoente importantíssimo.
É Importante observar que Leão vê ambas as interpretações de Mateus 16, 18 como complementares. Em um lugar, diz ele, “de modo que quem se atreve a separar-se da rocha sólida de Pedro pode entender que ele não tem parte nem sorte no mistério divino”, que é um reconhecimento direto de Pedro como a rocha (Portanto, nem Leão rejeitou esta interpretação), esclarece em outro lugar “Pois Pedro recebeu esta resposta do Senhor por sua confissão.” E afirma que “a força da fé, que foi elogiada no chefe dos Apóstolos é perpétua; e como caquilo que Pedro acreditava em Cristo, assim também permanece o que Cristo instituiu em Pedro”, que é uma afirmação de que Cristo realmente instituiu Pedro em um ministério imperecível, e deixa claro em outro lugar: “Pois ele foi ordenado antes do resto de tal forma a ser chamado de Rocha, sendo pronunciado a Fundação, e foi constituiu o porteiro do reino dos céus”
Temos que elogiar o doutro aqui, pois ele não apenas transmitiu os textos onde Leão vê a confissão de Pedro como a rocha sobre a qual está construída a Igreja, mas também compartilhou os que explicitamente se refere a Pedro como a Rocha, e como o mordomo do reino dos céus.
Mas há muitos outros textos de Leão I em favor do primado romano. É aconselhável ler a epístola 10 completa (a carta aos bispos de Viena citado por Saraví), que refere-se ao bispo de Roma como herdeiro e sucessor de Pedro, assim também a ordem e a fé da igreja são garantidos pela Cátedra de São Pedro. Ele mantém a sua interpretação, principalmente nos textos 16,16-19 Mateus, Lucas e João 21, 15-19 s 22, 32. Pedro também chama a todos guia pastores [149] e consciente de sua primazia, observa que o imperador não pode fazer de Constantinopla uma Sé apostólica [150].
Outros textos interessantes onde Leão I mostra uma clara consciência de sua primazia Jurisdicional, são:
“…A ligação de todo o corpo nos faz saudáveis, e todos pro igual bonitos, e esta relação de fato exige a unânime de todo o corpo, mas principalmente requer harmonia entre os sacerdotes. E embora eles tenham uma dignidade comum, toda via não têm o mesmo valor, na medida em que, mesmo entre os abençoados apóstolos, apesar da semelhança no estado de honra, havia uma certa distinção de poder, enquanto a escolha de todos eles fosse a mesma, a um foi dado a assumir a liderança do resto … o cuidado da Igreja universal deve convergir para a Sé de Pedro, e nenhum lugar deve ser separado de sua cabeça”[151]
“De todos, apenas um, Pedro, foi eleito para presidir a chamada de todas as nações, e todos outros os demais apóstolos, e os Padres da Igreja. . . Pedro. . . governa a todos, dos quais Cristo é também o seu principal governante”[152]
“O bem-aventuradíssimo Pedro recebeu a liderança dos apóstolos do Senhor, e a Igreja de Roma todavia é governada por suas instituições” [153]
GREGÓRIO I MAGNO
“Mas uma vez que não é a minha causa, mas a de Deus, uma vez que as leis piedosas, uma vez que os veneráveis sínodos, uma vez que os próprios mandamentos de nosso Senhor Jesus Cristo são transtornados pela invenção de uma certa orgulhosa e pomposa frase, que seja o piedosíssimo senhor a cortar o lugar da chaga, e prenda o paciente remisso nas cadeias da augusta autoridade. Pois ao atar estas coisas justamente alivias a república; e, enquanto cortas estas coisas, provês o alargamento do teu reinado.
Pois a todos os que conhecem o Evangelho lhes é evidente que pela voz do Senhor o cuidado de toda a Igreja foi confiado ao santo Apóstolo e Príncipe de todos os Apóstolos, Pedro. Pois a ele se diz, «Pedro, amas-me? Apascenta as minhas ovelhas». A ele é dito, «Eis que Satanás desejou peneirar-vos como trigo; e eu orei por ti, Pedro, para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando te converteres, fortalece os teus irmãos». A ele se diz, «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino do céu; e o que ligares na terra será também ligado no céu; e o que desligares na terra, será desligado também no céu».
Eis que ele recebeu as chaves do reino celestial, e lhe é dado poder para ligar e desligar, lhe é confiado o cuidado e a principalidade de toda a Igreja, e ainda assim ele não é chamado o Apóstolo universal; enquanto o santíssimo homem, o meu companheiro sacerdote João, pretende ser chamado bispo universal. Estou forçado a gritar e dizer Oh tempos, oh costumes!
Eis que todas as coisas nas regiões da Europa são entregues ao poder dos bárbaros, as cidades são destruídas, os campos arrasados, as províncias despovoadas, nenhum lavrador habita a terra, os adoradores de ídolos prevalecem e dominam para a matança dos fiéis, e ainda assim sacerdotes, que deveriam chorar jazendo no chão e em cinzas, buscam para si nomes de vanglória, e se gloriam em títulos novos e profanos.
Defendo eu a minha própria causa neste assunto, piedosíssimo senhor? Ressinto que se me tenha feito mal a mim especialmente? Não, a causa de Deus Onipotente, a causa da Igreja universal. Quem é este que, contra as ordenanças evangélicas, contra os decretos dos cânones, ousa usurpar para si um novo nome? O teria se realmente por si mesmo fosse, se pudesse ser sem nenhuma diminuição dos outros – ele que cobiça ser universal.
E certamente sabemos que muitos sacerdotes da Igreja de Constantinopla caíram na voragem da heresia … Se então qualquer um nessa Igreja toma para si esse nome, pelo qual se faz a cabeça de todo o bem, segue-se que a Igreja universal cai do seu pedestal (o que não permita Deus) quando aquele que é chamado universal cai. Mas longe dos corações cristãos esteja esse nome de blasfêmia, no qual é tirada a honra de todos os sacerdotes, no momento em que é loucamente arrogado para si por um (só). Certamente, em honra de Pedro, Príncipe dos Apóstolos, foi oferecido pelo venerável sínodo de Calcedônia ao romano pontífice. Mas nenhum deles jamais consentiu usar este nome de singularidade, para que, por algo que se dá peculiarmente a um, os sacerdotes em geral não sejam privados da honra que lhes é devida. Como é que então nós não buscamos a glória deste título mesmo quando é oferecido, e outro ousa arrebatá-lo para si próprio embora não se lhe ofereça? (Epístola XX a Maurício César (NPNF 2 12:170-171))[154]
Este texto não é realmente citado para apresentar uma rejeição de Gregório I ao primado de Pedro, pois é claramente visto que Gregório escreve que “o cuidado de toda a Igreja foi confiado ao santo apóstolo e príncipe de todos os Apóstolos, Pedro” não só reafirma o primado de Pedro na Igreja, mas reafirma sua primazia de jurisdição sobre todas as igrejas do mundo (O mesmo quando diz que “a ele é confiado o cuidado e principado de toda a Igreja”). Este texto é citado pelo dr. Saraví por que parece que São Gregório rejeita aqui o título de bispo universal.
Como esta controvérsia está além do escopo deste artigo, apenas uma breve referência será suficiente, quem desejar se aprofundar é convidado a ler a matéria específica sobre o assunto: São Gregório condenou o título de Bispo Universal?
O patriarca de Constantinopla havia outorgado para si o título de bispo universal, que o Papa havia se recusado a usar, mesmo ele reconhecendo que tinha o direito de usá-lo como ele tinha que o Concílio Ecumênico de Calcedônia havia lhe dado. É por isso que o papa diz que qualquer um dessa Sé (Constantinopla) que por usurpação se apodere desse título é precursor do anticristo.
O Papa não teria agido de forma diferente se não tivesse sido convencido de sua primazia jurisdicional até mesmo sobre o patriarca de Constantinopla. Esta declaração é a mais explícita, a ponto de afirmar que ninguém duvida de que a Igreja de Constantinopla está sob sujeição à Sé Apostólica:
“Porque, assim como o que eles dizem sobre a Igreja de Constantinopla, quem pode duvidar que ela está sujeita à Sé Apostólica, como ambos o mais piedoso Senhor o imperador e nosso irmão, o bispo daquela cidade continuamente reconhecida?” [155].
Em suma, se Gregório Magno acredita que o sé apostólica é a cabeça de todas as Igrejas (Ep. 13,1), que os concílios não têm autoridade ou poder sem o consentimento da Sé Apostólica (Ep 9,156), como o Papa sucessor de Pedro chefe dos apóstolos tem um direito divino do primado (Ep 3,30) devemos pensar que rejeitou o primado? E se a intenção era provar que ele rejeitada a interpretação Pedro em Mateus 16, 18, aqui também o não foi muito feliz.
Outros textos:
“Agora já há oito anos, no tempo de meu predecessor de santa memória, Pelágio, nosso irmão e companheiro, o bispo João, na cidade de Constantinopla, (…) convocou um sínodo no qual tentou se proclamar Bispo Universal. Assim que meu predecessor soube, enviou cartas anulando pela autoridade do Santo Apóstolo Pedro os atos do referido sínodo; cartas as quais eu cuidei e mandei cópias para Sua Santidade.” (São Gregório Magno, Epístola XLIII)
“Para todos os que conhecem o Evangelho, está claro que pelas palavras de Nosso Senhor o dever de cuidar de toda a Igreja foi confiado ao Bendito Pedro, o Príncipe dos Apóstolos (…) Ora, ele recebeu as chaves do reino dos céus, o poder de ligar e desligar foi dado a ele e o governo e principado de toda a igreja foram confiados a ele (…). (Epístola 5, 37 a Mauricius Augustus.)
“… A sé apostólica, está, por ordem de Deus, estabelecida sobre todas as Igrejas…” (São Gregório Magno Livro III, Carta XXX ao Sub-diácono João) [157]
“Quem pode ignorar o feito de que a Santa Igreja é estabelecida na solidez do príncipe dos apóstolos, cuja a firmeza do caráter se estendeu ao seu nome tal que deveria ser chamado Pedro, então ‘Rocha’, quando a voz da verdade disse: ‘Eu te darei as chaves do reino dos céus’. Para ele ainda e dito: ‘quando voltares seja o apoio para teus irmãos’” (São Gregório Magno Carta XL) [156]
O escrito luterano Jaroslav Pelika, reconhece que Gregório sempre foi um defensor do primado romano:
“As igrejas da Grécia Oriental, também, juraram uma aliança especial a Roma (…) Uma Sé após outra capitulou nessa ou naquela controvérsia com a heresia. Constantinopla deu lugar a vários hereges durante o quarto e quinto séculos, destacadamente Nestório e Macedônio, e as outras Sés também ficaram conhecidas por se afastarem da fé verdadeira ocasionalmente. Mas Roma tinha posição especial. O bispo de Roma tinha o direito por sua própria autoridade de anular os atos de um sínodo. De fato, quando se falava de um concílio para sanar controvérsias, Gregório estabeleceu o princípio no qual “sem a autoridade e o consentimento da Sé Apostólica, nenhum dos assuntos definidos [por um concílio] tem qualquer poder de obrigar” (The Emergence of the Catholic Tradition (100-600), Univ. of Chicago Press, 1971, 354; cita a Epístola 9.156 de Gregório).
Etambém estudioso protestante (anglicano) J.N.D Kelly escreveu que Gregório I:
“… foi incansável na defesa do primado romano, e conseguiu manter com sucesso a competência jurisdicional de Roma, no oriente …. Gregório argumentou que a missãode São Pedro [por exemplo, em Mateus 16:18 f] fez todas as igrejas, incluindo Constantinopla, sujeitas a Roma “(The Oxford Dictionary of Popes, página 67).
Logo nem de perto, nem de longe são Gregório Magno rejeitou a interpretação de Pedro ser a pedra, nem muito menos de ser bispo universal.
BEDA O VENERÁVEL
“Tu és Pedro e sobre esta pedra da qual tomaste o teu nome, ou seja, sobre mim mesmo, edificarei a minha Igreja, sobre essa perfeição de fé que tu confessaste edificarei a minha Igreja de cuja sociedade de confissão se alguém se desviar ainda que em si mesmo pareça fazer grandes coisas, ele não pertence ao edifício da minha Igreja. … Metaforicamente é dito a ele que a Igreja há-de ser edificada sobre esta pedra, ou seja, o Salvador que tu confessaste, que concedeu participação ao fiel confessor do seu nome. (Homilias 23 (PL 94:260)) [158]
O mesmo caso aqui se vê, pois Beda está usando uma interpretação que não é para negar o primado de Pedro. O Sr. Saraví novamente omiti textos onde explicitamente Beda reconhece o primado de Pedro:
“Bem-aventurados Pedro recebeu de maneira especial as chaves do reino dos céus e da chefia do Poder Judiciário, de modo que todos os crentes em todo o mundo podem entender que todos os que de alguma forma afastam-se da unidade da fé e comunhão, por exemplo, não podem ser eximidos das conseqüências de seus pecados, nem entre por a porta do reino dos céus” [159]
O texto a seguir é um reconhecimento ainda mais claro do primado petrino:
“Pedro recebeu as chaves dos céus como um sinal para todos os filhos da Igreja, de modo que se separam da fé que ele ensina, renunciam a toda esperança de ser absolvido de sua culpa e de entrar nos portais eternos… E eu digo que Pedro é o porteiro a quem não contradisséreis, se não obedecerem a seus decretos em tudo, pode ser que quando você chegue aos portões do céu eles não se abram”[160]
Conclusão
É importante notar que há muitos outros pais da Igreja com testemunhos bastante claros em favor do primado de Pedro, mas por questão de extensão não pude mencioná-los aqui. Graças a Deus as suas vozes levantam-se do passado para evitar que a história seja distorcida.
É seguro concluir que é falso que os pais da igreja rejeitaram o primado de Pedro, e até mesmo o próprio Pedro como a Rocha de Mateus 16, 18. Séculos se passaram desde estes testemunhos, a doutrina católica no entanto é firme e consistente, e continua a ser “pedra” uma pedra de tropeço para muitos, e até mesmo terrível.
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”
NOTAS
[109] Cita del Dr. Saraví: Sermón 26.
[110] Cita del Dr. Saraví: Sermón 229P.1
[111] Agustín de Hipona, Christian Combat, 31:33(A.D. 397), in JUR,3:51
[112] Agustín de Hipona, Homilies on John, Tract 11:5(A.D. 417), in NPNF1,VII:76
[113] Agustín de Hipona, In Psalms, 69:4[PL 36, 869] (A.D. 418 ), in Butler, 251
[114] Agustín de Hipona, In Psalms, 104[103]:16(A.D. 418 ),in NPNF1,VIII:513
[115] Agustín de Hipona, Retractations,1:21(A.D. 427),in GILES, 177
[116] Agustín de Hipona, Serm 76,3
[117] Agustín de Hipona, On the Gospel of John, Tract 124:5 (A.D. 416), in NPNF1, VII:450
[118] Agustín de Hipona. Serm. 295; PL 38,1348-1352.
[119] Agustín de Hipona, Serm.120 n.13
[120] Agustín de Hipona. C. ep. Man. 4,5.
[122] Concilio de Cartago al Papa Inocencio I
[123] Concilo de Milevis al Papa Inocencio I
[124] Agustín de Hipona, Ep 178, p. 773
[125] Carta del Papa Inocencio I al Concilio de Cartago, Ep 181 in FC, XII:121-122, 125, 127
[126] Carta del Papa Inocencio I al concilio de Milevi, Ep 182, in FC, XII:127, 128, 130, 131
[127] Agustín de Hipona, Sermo 131,10,10; Ep 1507
[128] Agustín de Hipona, On Original Sin,7:8(A.D. 418 ),in NPNF1,V:239
[129] Agustín de Hipona, Against Two Letter of the Pelagians, 3:5 (A.D. 420), in NPNF1, V:393
[130] Agustín de Hipona, Against Two Letter of the Pelagians, 4:6 (A.D. 420), in NPNF1, V:394
[131] Comentario sobre Isaías IV,2 (PG 70:940)
[132] Diálogo sobre la Trinidad IV (PG 75:866)
[133] Cirilo, T. iv. Comm. In Joan., p. 131, in Colin Lindsay, The Evidente for the Papacy, (London: Longmans, 1870),50
[134] Cirilo, On the Holy Trinity [426 A.D.], in E. Giles, Documents Illustrating Papal Authority A.D.96-454,(London:SPCK, 1952),258
[135] Cirilo, Comm. On Matt., ad. Loc., Migne, Patr. Graec., vol.72, col.424, in Michael M. Winter, Saint Peter and the Popes, (Baltimore: Helicon, 1960), 74. [429 A.D.]
[136] Cirilo, Ib. l. Xii. Waterworth, rev.,The Faith of Catholics, vol.2, (New York: Pustet & Co.,1884),46
[137] Cirilo,T.v.P.2,Hom.viii. De Fest. Paxch. p. 105., in Joseph Berington, John Kirk, eds., and James Waterworth, rev., The Faith of Catholics, vol. 2,(New York: Pustet & Co., 1884),46.
[138] Cita del Dr. Saraví: Epístola 146; 77; Comentario al Cantar de los Cantares, II,14. (NPNF2 3)
[139] Teodoreto el Ciro,To Pope Leo Epistle 113(A.D. 449),in NPNF2,III:293
[140] Cita del Dr. Saraví: Oración XXV,4 (PG 85:297-298 )
[141] Basilio, Oratio XVII, MPG, vol. 85, col. 217, in Michael M. Winter, Saint Peter and the Popes, (Baltimore: Helicon, 1960), 74
[142] (Basilio, Orat. Xxv. p. 138 ), in Joseph Berington, John Kirk, eds., and James Waterworth, rev., The Faith of Catholics, vol. 2, (New York: Pustet & Co., 1884),49
[143] Cita del Dr. Saraví: Epístola a los Obispos de la Provincia de Viena, X (NPNF2 12:8-9)
[144] Cita del Dr. Saraví: Carta a Flaviano, XXVIII, 5 (NPNF2 12:41-42)
[145] Cita del Dr. Saraví: Carta al Sínodo de Éfeso XXXIII, 1 (NPNF2 12: 47)
[146] Cita del Dr. Saraví: Carta a León César CLVI, 2 (NPNF2 12:100)
[147] Cita del Dr. Saraví: Sermón III , 2-3 (NPNF2 12:117)
[148] Cita del Dr. Saraví: Sermón sobre la Pasión, XI Sermón LXII, 2 (NPNF2 12:174)
[149] Sermón 4,2 y 5,2
[150] Ep 104,3
[151] León I (Letter XIV. To Anastasius, Bishop of Thessalonica, I, XII; NPNF 2, Vol. XII)
[152] (Sermon 4, 2; Jurgens, III, 275)
[153] León I (To Dioscorus, Bishop of Alexandria: Letter 9, 1, NPNF 2, Vol. III, 7)
[154] Epístola XX a Mauricio César (NPNF 2 12:170-171)
[155] Ep. 9,26
[156] Gregorio el Grande (Epistle 40; Winter, 66)
[157] Gregorio el Grande (Letter to Subdeacon John; Register of the Epistles, Book III, Epistle XXX; NPNF 2, Vol. XII)
[158] Cita del Dr. Saraví: Homilías 23 (PL 94:260)
[159] Beda. Ven Hom. In die S.S. Pet. Et Paul.) in Charles F. B. Allnatt, ed., Cathedra Petri-The Titles and Prerocatives of St. Peter, (London: Burns & Oates, 1879), 36
[160] Beda, in Colman Barry, Readings in Church History (Westminster, MD: Newman Press, 1957), vol. 1,273), in Michael Malone, The Apostolic Digest, (Irving, TX: Sacred Heart, 1987), 243
Testemunhos Extraidos da Matéria de José Miguel Arrais Disponível em <http://apologeticacatolica.org/Primado/PrimadoN09.html>
PARA CITAR
RODRIGUES, Rafael. Apologistas Católicos: Pedro, a Rocha. (Parte II.2). Disponível em: <http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/papado/483-pedro-a-rocha-parte-i> Desde: 29/11/2012.