INTRODUÇÃO
O ENSINAMENTOS DOS PAIS DA IGREJA
TERTULIANO
HIPOLITO DE ROMA
EUSÉBIO DE CESAREIA
ATANÁSIO DE ALEXANDRIA
“(…) Antigamente também, os demônios impressionavam os homens, apossando-se previamente das fontes, dos rios, das estátuas de madeira ou de pedra. Seus sortilégios espantavam os simples. Agora, contudo, após a aparição divina do Verbo, acabaram essas fantasias. De fato, só pelo sinal da cruz, o homem afugenta estes artifícios. (…)”(Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo 47,2)
“(…) Aproxime-se quem desejar prova de nossas afirmações e diante das fantasias demoníacas, das ilusões dos oráculos, dos portentos mágicos, faça uso desse sinal tão escarnecido entre eles, o sinal da cruz e apenas profira o nome de Cristo. Verá os demônios fugirem, calarem-se os oráculos, perecerem magia e feitiçaria.(…)”(Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo 48,3)
“(…) Admira-te de que, por ocasião da aparição do Salvador, a idolatria não se desenvolve, mas o restante diminui e cessa progressivamente. A sabedoria dos gregos não progride, mas tende a desaparecer. Os demônios não mais seduzem os homens com suas fantasmagorias, a adivinhação e a magia e desde que ousam empreender algo, são confundidos pelo sinal da cruz.(…)”(Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo 55,1)
“(…) Ouvia mais estes, não se preocupava com os demônios. Aproximando-se da porta, exortava as pessoas a se retirarem, sem temor, porque, dizia, os demônios usam de magias contra aqueles que têm medo. “Persignai-vos e parti corajosamente, deixai que eles se iludam a si mesmos”. Partiram, munidos do sinal-da-cruz. Antão ficou. Os demônios não podiam fazer-lhe nenhum mal, ele não se cansava de combatê-los. (…)” (Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 13)
“(…) Se portanto vierem a nós, de noite, e quiserem anunciar-nos o futuro ou nos disserem: ‘Nós somos os anjos’, não lhes deis atenção, estão mentindo. Se louvam vossa ascese e vos declaram bem aventurados, não lhes deis ouvidos, não lhes deis atenção. Ao contrário, fazei o sinal da cruz sobre vós mesmos e sobre a casa e orai, que os vereis desaparecer: são frouxos e têm muito medo do sinal da cruz do Senhor, ‘porque por esse sinal o Salvador os despojou e os entregou em espetáculo’ (Cl 2,15) (…).”(Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 35)
“(…) Onde se faz o sinal da cruz, a magia cede, e os venefícios não agem mais (…).”(Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 78)
“(…) ‘Há aqui pessoas possessas dos demônios (vieram a ele algumas pessoas atormentadas pelos demônios, levou-as para o meio e disse): purificai-as por meio de vossos raciocínios ou pela arte que quiserdes, ou por magia, invocando os vossos ídolos. Ou, se não o podeis, cessai de lutar contra nós e vereis o poder da cruz de Cristo’. Ditas essas palavras, invocou a Cristo e fez o sinal-da-cruz sobre os doentes, duas e três vezes. Logo esses homens se levantaram ilesos, em plena posse de si mesmos e dando graças a Deus (…).”(Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 78)
EFRAIM, O SÍRIO
CIRÍLO DE JERUSALÉM
“Não vamos ter vergonha de confessar o Crucificado. Seja a Cruz nosso selo feito com ousadia por nossos dedos na nossa testa, e em tudo; sobre o pão que comemos, os copos que bebemos; em nossas idas e vindas; antes de nosso sono, quando nos deitar e quando nos levantar; quando estamos no caminho, e quando ainda estamos. Grande é essa conservante; é sem preço, para o bem dos pobres; sem trabalho, para os doentes; uma vez que também a sua graça é de Deus. É o sinal dos fiéis, e o medo de demônios[…]” (Leituras Catequéticas XIII, capítulo 36)
“Muitos têm sido crucificado em todo o mundo, mas por nenhum destes os demônios estão com medo; mas quando vêem até mesmo o sinal da cruz de Cristo, que foi crucificado por nós, eles estremecem.” (Leituras Catequéticas XIII, capítulo 3)
“Não vamos, portanto, ter vergonha da cruz de Cristo; mas ao invés de escondê-lo, faze abertamente selá-o sobre a tua testa, para que os demônios possam contemplar o sinal real e fugir tremendo para longe. Faça então este sinal no comer e no beber, no sentar, e ao deitar-se, ao levantar, ao falar, ao caminhar: em uma palavra, em cada ato. Para Ele que foi crucificado aqui está em cima no céu. “ (Leituras Catequéticas IV, capítulo 14)
BASÍLIO MAGNO
AMBRÓSIO DE MILÃO
SÃO JERÔNIMO
“Em cada ato que fazemos, em cada passo que damos, que nossa mão traçe a cruz do Senhor.” (Carta 22, Capítulo 37)
“Levantando o dedo também à sua boca, ela fez o sinal da cruz em cima de seus lábios.” (Carta 108, Capítulo 29)
“E embora ela assinalasse sua boca e seu peito com o sinal da cruz, e esforçou-se, assim, para aliviar a dor de uma mãe; seus sentimentos superaram ela e os seus instintos maternais eram demais para sua mente confiante.” (Carta 108, Capítulo 21)
“(…) quanto mais eu, cristão de pais cristãos e carregando à minha fronte o estandarte da cruz, que me esforcei por restituir as omissões, corrigir as alterações e revelar os mistérios da Igreja em uma linguagem pura e ortodoxa, não devo ser reprovado por leitores desdenhosos ou mal intencionados! (…)” (São Jerônimo – Apologia Contra os Livros de Rufino II, 29)
JOÃO CRISÓSTOMO
“(…) Algumas pessoas acostumaram-se a frequentemente fazer o sinal da cruz, e não precisam de quem as relembre. Não raro, apesar de estar a mente ocupada em outros assuntos, pelo hábito, qual conselheiro, a mão espontaneamente faz o sinal. (…)” (São João Crisóstomo – Comentário à segunda carta a Timóteo 2,26)
“(…)Se amas teu Senhor, morre como ele morreu. Aprende qual a força da cruz, quanto bem realizou, quanto realiza, como constitui segurança de vida. Através dela, tudo acontece: o batismo é através da cruz (importa receber o signáculo); a imposição das mãos, faz-se com a cruz; quer estejamos em caminho, ou em casa, em algum lugar, a cruz é um grande bem, armadura de salvação, escudo inexpugnável, que ataca o diabo. Por conseguinte, ao combateres nessa guerra, carrega a cruz, não apenas persignando-te, mas nela padecendo. (…)” (São João Crisóstomo – Comentário à carta aos filipenses 3,18-21)
“(…)És fiel? Faze o sinal da cruz, e declara: “Tenho apenas estas armas, este o medicamento; outro não conheço (…)”. (São João Crisóstomo – Comentário á carta aos colossenses 3,15)
SANTO AGOSTINHO DE HIPONA
“(…) Certamente todos somos cristãos, ou temos o nome de cristãos, todos nos marcamos com o sinal da cruz de Cristo. (…)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 30, Sermão II, 8)
“(…) Já não há reis maus; eles tornaram-se bons. Acreditaram também eles, e trazem na fronte o sinal da cruz de Cristo, sinal mais precioso do que qualquer pedra de seu diadema. (…)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 32, Sermão II, 13)
“(…) Aconteceu à Cabeça e também ao corpo. Pois, como sucedeu ao Senhor na cruz, assim também aconteceu a seu corpo em todas as perseguições passadas; nem faltam também agora as perseguições deles. Onde quer que se encontre um cristão, constuma-se atacar, atormentar, zombar, chamá-lo de estúpido, incapaz, sem coração, inábil. Façam o que quiserem. Cristo está no céu. Façam o que quiserem. Ele honrou seu suplício, já fixou sua cruz em todas as frontes. Permite que o ímpio ataque, mas não permite que fique encarniçado. (…)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 34 Sermão II, 8)
“(…) Os cristãos são apelidados filhos do esposo. Por que razão Cristo seria Coré? Porque Coré significa Calvário. Vamos um pouco longe. Perguntava qual a razão de se denominar a Cristo de Coré. Procuro saber com maior insistência por que Cristo tem referência a Calvário. Logo não nos ocorre que Cristo foi crucificado no Calvário (cf Mt 27,33)? É claro que ocorre. Por conseguinte, os filhos do esposo (cf Mt 9,15), os filhos de sua paixão, os filhos redimidos em seu sangue, os filhos de sua cruz, que na fronte trazem o sinal daquilo que os inimigos fincaram no Calvário, chamam-se filhos de Coré; para que eles o entendam é que se canta o presente salmo. (…)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 41, 2)
“(…) Quer se trate da morte em que incorreu Adão, pois foi pela persuasão do diabo que o homem a sorveu, quer seja a da separação entre alma e corpo, é seu autor aquele que primeiro caiu pela soberba e invejou o homem que estava de pé. Derrubou-o pela morte invisível de tal modo que também ficasse sujeito à morte visível. Têm a morte por pastor os que dele dependem; nós, porém, que consideramos a futura imortalidade, e com razão trazemos na fronte o sinal da cruz de Cristo, temos por pastor somente a vida. (…)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 48, Sermão II, 2)
“(…) Pois, não falamos de pagãos, nem de judeus, mas de cristãos; nem se trata de catecúmenos, mas de muitos já batizados, de quem não vos diferenciais pelo batismo, mas pelo coração. Pensamos em quantos são hoje nossos irmãos, e contudo lastimamos que procurem vaidades e loucas mentiras, negligenciando sua vocação! Se, por acaso, no circo eles se horrorizam por alguma coisa, logo fazem o sinal da cruz, mas permanecem de pé, trazendo-o na fronte, num lugar de onde deviam se afastar se o trouxessem no coração. (…)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 50, 1)
“Na mesma Cartago, urna mulher muito religiosa chamada Inocência, das mais ilustres dessa cidade, tinha um cancro no peito, caso que, segundo diziam os médicos, nenhum medicamento era capaz de curar. Costumava-se, portanto, extrair do corpo o órgão onde ele surgia ou então, para se viver durante mais algum tempo, sem que daí se protelasse, todavia, a morte para muito mais tarde; devia-se, conforme o conselho atribuído a Hipócrates, omitir todo o tratamento. Foi o que ela soube dum médico: hábil, amigo intimo de sua família. Ela, então, apenas para Deus se voltou pela oração. Ao aproximar-se a Páscoa, foi avisada em sonhos de que, colocando-se no batistério na parte destinada às mulheres, a primeira mulher batizada a ela se dirigiria e lhe traçaria sobre o peito o sinal da cruz. Assim fez e alcançou imediatamente a cura.” (Cidade de Deus Livro XXII, Capitulo VIII)
SOZOMENO – HISTÓRIA ECLESIÁSTICA (470 d.C)
TEODORETO (450 d.C)
CONSTITUIÇÕES APOSTÓLICAS
PARA CITAR
OLIVEIRA, Lucas & RODRIGUES, Rafael. Pais da Igreja e o Sinal da Cruz. Disponível em: <http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/patristica/estudos-patristicos/813-pais-da-igreja-sobre-o-sinal-da-cruz>. Desde: 18/08/2015.