Domingo, Novembro 17, 2024

Condenações papais contra o comunismo

 

INTRODUÇÃO


Aqui será feito um pequeno apanhado sobre o que os Papas realmente disseram sobre as ideologias socialista e comunista. O leitor poderá notar a perspicácia que os Papas tiveram ao comentá-los, desde seus primórdios, de forma quase que profética, alertando dos perigos e erros destas ideologias perversas, (infelizmente) constatando que os alertas tinham toda razão, ao ver que no tempo presente e no tempo que se passou até agora, muitos daqueles erros condenados se concretizaram, e ainda continuam a serem difundidos em nosso tempo, também dentro da Igreja. Aquele que dizer que os ideais socialistas e comunistas já foram extirpados de nossa sociedade, estará ciente de que continua se enganando, após esta leitura dos Papas.

 

 PIO IX (1846-1878)


A subversão da ordem

(…) Mas não desconheceis, veneráveis irmãos, que os principais arquitetos dessa maldosa trama desejam empurrar os povos, agitados por qualquer doutrina perversa que aparecer, à subversão de toda a ordem das coisas humanas e a arrastá-los aos execráveis sistemas do novo socialismo e comunismo. (…)” (Encíclica Nostis et Nobiscum,  8 de Dezembro de 1849).

Antes de dizer que o socialismo e comunismo são uma “maldosa trama”, o bem-aventurado Papa Pio IX disse que “não podiam conter as lágrimas” quando constatavam que naquele momento existiam “alguns italianos tão desonestos e miseravelmente iludidos” que “aplaudiam doutrinas malvadas de homens ímpios” que levariam a Itália “à uma grande ruína”. Eis o retrato do comunismo e socialismo comentado já nos seus primórdios, por um Papa.

Laicidade

(…) E, apoiando-se nos funestíssimos erros do comunismo e do socialismo, asseguram que a ‘sociedade doméstica, ou seja, a família justifica-se somente pelo direito civil, e que, por isso, somente da lei civil derivam e dependem os direitos dos pais sobre os filhos, e em particular o direito de procurar a instrução e a educação’ (…)” (Encíclica Quanta Cura, 8 de Dezembro de 1864, 4).

O bem-aventurado Papa não precisou experienciar alguns anos de socialismo para perceber que os adeptos desse sistema queriam afastar a todo custo a formação religiosa da juventude, para pervertê-la com suas doutrinas anti-católicas. Isso é o que exatamente vemos em nosso tempo: kit-gay, ideologia de gênero, Igreja como inimiga da ciência e do progresso, mordaça quando alguém quer professar sua religião num Estado laico, etc. O Papa, muito sabiamente, já previu o que queriam, como ele prossegue na Encíclica:

(…) Com essas ímpias opiniões e maquinações esses homens enganadores objetivam principalmente fazer com que a saudável doutrina da Igreja católica seja totalmente afastada da instrução e educação da juventude, e os tenros e flexíveis ânimos dos jovens sejam miseravelmente contagiados e depravados por perniciosos erros e vícios de toda sorte. (…)

 

 LEÃO XIII (1878-1903)


Golpes deliberadamente planejados

(…) Pois, sendo retirados o temor a Deus e a reverência pelas leis divinas, sendo desprezada a autoridade dos governantes, a sedição permitida e aprovada, e as paixões populares exacerbadas até o desprezo pela lei, sem qualquer freio a não ser o castigo, uma mudança e derrubada de todas as coisas necessariamente seguirá. Sim, esta mudança e derrubada é deliberadamente planejada e colocada em curso por várias associações de comunistas e socialistas. (…)” (Encíclica Humanum Genus, 20 de Abril de 1884, n. 27)

Podemos verificar presentes em nosso tempo o objeto do alerta que um Papa do século XIX fez: o caos promovido pelas filosofias marxistas, subversão da ordem e golpes. É o caso de países China, Cuba, Rússia, Venezuela, Bolívia, Coreia do Norte… E não está muito longe o caso de um país que conhecemos muito bem. Você vive nele, prezado leitor.

Rebaixando a união natural entre homem e mulher

(…) Eles [os socialistas, comunistas e niilistas]  desonram a união natural do homem e da mulher, que até mesmo os povos bárbaros respeitaram. Enfraquecem e até mesmo entregam à leviandade este vínculo, com o qual  se mantém principalmente o círculo doméstico. (…)” (Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de Dezembro de 1878, n. 1).

Como bem alertou seu predecessor, o Papa Pio IX, Leão XIII constatou o mesmo: a subversão dos valores básicos do homem, sendo um deles exatamente a família. Hoje vemos o resultado disso: grande número de divórcios e até mesmo leis que facilitam o mesmo, subversão dos valores familiares com promoção de diferentes tipos de casamento com o intuito de desfigurar a imagem da família como a sociedade sempre concebeu.

Direito à propriedade

(…) Porque enquanto os socialistas, apresentando o direito de propriedade como invenção humana contrária a igualdade natural entre os homens; enquanto, proclamando a comunidade de bens, declaram que não pode tratar-se com paciência a pobreza e que impunemente se pode violar a propriedade e os direitos dos ricos, a Igreja reconhece muito mais sabia e utilmente que a desigualdade existe entre os homens, naturalmente dissemelhantes pelas forças do corpo e do espírito, e que essa desigualdade existe até na posse dos bens. Ordena, ademais, que o direito de propriedade e de domínio, procedente da própria natureza, se mantenha intacto e inviolado nas mãos de quem o possui, porque sabe que o roubo e a rapina foram condenados pela lei natural de Deus. (…)” (Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de Dezembro de 1878, n. 28-29).

(…) Importa, por conseqüência que nada lhe seja à democracia cristã mais sagrado do que a justiça que prescreve a manutenção integral do direito de propriedade e de posse; que defenda a distinção de classes que sem contradição são próprias de um Estado bem constituído. (…)” (Encíclica Graves de Communi Re, 18 de Janeiro de 1901, 4)

O direito à propriedade é defendido pelo Papa, ressaltando que a Igreja reconhece que a desigualdade existe até na posse de bens, condenando o roubo e o ódio invejoso instigado pelos socialistas contra os que possuem. Na Rerum Novarum, é ressaltado que a “propriedade particular e pessoal é, para o homem, de direito natural”, relembrando o mandamento divino: «Não desejarás a mulher do teu próximo, nem a sua casa, nem o seu campo, nem o seu boi, nem a sua serva, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença».

A colheita de miséria

(…) Há necessidade de uma união de mentes corajosas com todos os recursos que podem dispor. A colheita de miséria está diante dos nossos olhos, e os projetos terríveis dos mais desastrosos levantes nacionais estão nos ameaçando a partir do poder crescente do movimento socialista. (…)” (Encíclica Graves de Communi Re, 18 de Janeiro de 1901, 21)

Este é um outro aspecto que fora observado nos regimes socialistas. Miséria, falta de recursos, fome… As exortações dos Papas ao comentar estes regimes foram sagazes e certeiros. Não podemos também fechar os olhos perante os demais aspectos levantados por este e outros Papas, sob a ilusão de que governos e ideologia socialista/comunista não existem mais.

 

 (SÃO) PIO X (1903-1914)


O sonho de remodelar a sociedade irá trazer o socialismo

(…) Porém, mais estranhas ainda, ao mesmo tempo inquietantes e acabrunhadoras, são a audácia e a ligeireza de espírito de homens que se dizem católicos, e que sonham refundir a sociedade em tais condições, e estabelecer sobre a terra, por cima da Igreja Católica, “o reino da justiça e do amor”, com operários vindos de toda parte, de todas as religiões ou sem religião, com ou sem crenças, contando que se esqueçam do que os divide: suas convicções religiosas e filosóficas, e ponham em comum aquilo que os une: um generoso idealismo e forças morais adquiridas “onde possam”, Quando se pensa em tudo que foi preciso de forças, de ciência, de virtudes sobrenaturais para estabelecer a cidade cristã, e nos sofrimentos de milhões de mártires, e nas luzes dos Padres e Doutores da Igreja, e no devotamento de todos os heróis da caridade, e numa poderosa Hierarquia nascida no céu, e nas torrentes da graça divina, e tudo isto edificado, travado, compenetrado pela Vida e pelo Espírito de Jesus Cristo, a Sabedoria de Deus, o Verbo feito homem; quando se pensa, dizíamos, em tudo isto edificado, fica-se atemorizado ao ver novos apóstolos se encarniçarem por fazer melhor, através da atuação dum vago idealismo e de virtudes cívicas. Que é que sairá desta colaboração? Uma construção puramente verbal e quimérica, em que se verão coruscar promiscuamente, e numa confusão sedutora, as palavras liberdade, justiça, fraternidade e amor, igualdade e exaltação humana, e tudo baseado numa dignidade humana mal compreendida. Será uma agitação tumultuosa, estéril para o fim proposto, e que aproveitará aos agitadores de massas, menos utopistas. Sim, na realidade, pode-se dizer que o Sillon escolta o socialismo, o olhar fixo numa quimera.(…)” (Carta Apostólica Notre Charge Apostoliqueaos bispos da França, 15 de Agosto de 1910, condenando o movimento Le Sillon)

Esta condenação que São Pio X proferiu serve também para os tempos de hoje, quando paramos para observar teólogos da libertação como Leonardo Boff, ou demais católicos simpatizantes do socialismo. Reparamos que estas pessoas acabam sendo relativistas religiosas, nunca se importando com as diferenças, proclamando apenas vazios discursos de igualdade, sem nenhum conteúdo de fé católica.

 

BENTO XV (1914-1922)


Nunca esquecer a condenação do socialismo

(…) Não é nossa intenção aqui repetir os argumentos que expõe claramente os erros do socialismo e de doutrinas semelhantes. O nosso predecessor, Leão XIII, muito sabiamente o fez em memoráveis Encíclicas; e vós, veneráveis irmãos, terão o maior zelo para que esses graves preceitos nunca sejam esquecidos, mas que sempre que as circunstâncias os exigirem, eles devem ser claramente expostos e inculcados em associações e congressos católicos, em sermões e na imprensa católica. (…)” (Encíclica Ad Beatissimi Apostolorum, 1º de Novembro de 1914, 13)

Bento XV não se esquece da marcante oposição que Leão XIII manifestou às ideologias socialista e comunista, ratificando que as condenações sempre devem ser claramente expostas em quaisquer meios católicos, até mesmo em sermões. Infelizmente vemos isso acontecer muito pouco em nossas paróquias.

 

PIO XI (1922-1939)


O Socialismo não pode ser conciliado com a doutrina católica

(…) O socialismo quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como « acção », se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. O socialismo quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como « acção », se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. (…)” (Encíclica Quadragesimo Anno, 15 de Maio de 1931, III, 2)

Socialismo católico é uma contradição

(…) E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa própria concepção da sociedade humana, diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios : ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista. (…)” (Ibid.)

Mais uma vez um Papa ratifica seus antecessores, e rechaça a atitude de pessoas que se dizem católicas e ainda tenham a audácia de aderirem às ideologias socialista e comunista, dizendo serem inconciliáveis com a fé católica. É lamentável quando vemos por aí, por exemplo, membros de pastorais da Igreja com bandeiras vermelhas e estampados com personagens como Che Guevara realizando a promoção das doutrinas vermelhas.

 

 PIO XII (1939-1958)


A Igreja irá combater o socialismo até o fim

(…) [A Igreja comprometeu-se] com a proteção do indivíduo e da família contra uma corrente que ameaça provocar uma socialização total que, no final fará um espectro do ‘Leviatã’ se tornar uma realidade chocante. A Igreja irá travar esta batalha até o fim, pois é uma questão de valores supremos: a dignidade do homem e a salvação das almas. (…)” (Radio-mensagem para o Katholikentag de Viena, 14 de Setembro de 1952, em Discursos e Radio-mensagens, vol. XIV, p. 314)

Pio XII declara guerra contra as ideologias em questão. Hoje sabemos que os campos de batalha permeiam o campo cultural. Isso começou a ser notado quando Pio XI já na Quadragesimo Anno falou de um “Socialismo educador”. Querem implantar ideologias e posições contrárias às prescrições divinas através de leis e em nossas escolas. O bom católico deve armar-se intelectualmente para esta batalha, que deve ser travada silenciosa, na vida quotidiana.

Estado Controlador

(…) Considerar o Estado como fim a que tudo deve ser dirigido e subordinado, seria o mesmo que prejudicar a verdadeira e duradoura prosperidade das nações. E dá-se isso quando tal domínio ilimitado seja atribuído ao Estado, como mandatário da nação, do povo ou até de uma classe, ou quando o Estado o pretende, como senhor absoluto, independentemente de qualquer mandato.(…)” (Encíclica Summi Pontificatus, 20 de Outubro de 1939, 60)

Um excessivo poder atribuído ao Estado pode ser prejudicial à liberdade do cidadão, não somente no campo econômico. É o caso de países onde são colocados limites à liberdade religiosa, e o católico não tem mais o direito de professar publicamente sua fé.

 

 (SÃO) JOÃO XXIII (1958-1963)


Nenhum católico pode subscrever nem mesmo o socialismo moderado

(…) Entre comunismo e cristianismo, o pontífice [Papa Pio XI] declara novamente que a oposição é radical, e acrescenta não se poder admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado: quer porque ele foi construído sobre uma concepção da vida fechada no temporal, com o bem-estar como objetivo supremo da sociedade; quer porque fomenta uma organização social da vida comum tendo a produção como fim único, não sem grave prejuízo da liberdade humana; quer ainda porque lhe falta todo o princípio de verdadeira autoridade social. (…)” (Encíclica Mater et Magistra, 15 de Maio de 1961, 34)

Fica, portanto proibido ao católico subscrever qualquer tipo de socialismo. Isso porque, segundo o Papa, já na sua gênese o socialismo diverge de maneira definitiva do cristianismo. Frisando novamente, infelizmente ainda há católicos que pensam haver conciliação entre ideais socialistas e doutrina católica, com ouvidos moucos para as exortações papais.

 

 PAULO VI (1963-1978)


Cristãos tendem a idealizar o socialismo

(…) Muito freqüentemente, os cristãos atraídos pelo socialismo têm tendência para o idealizar, em termos muito genéricos, aliás: desejo de justiça, de solidariedade e de igualdade. Eles recusam-se a reconhecer as pressões dos movimentos históricos socialistas, que permanecem condicionados pelas suas ideologias de origem. (…)” (Carta Apostólica Octogesima Adveniens, 14 de Maio de 1971, 31)

O beato Paulo VI, em outras palavras, afirma que permanecem alienados, na ilusão, aqueles católicos que pensam que há algum tipo de conciliação entre socialismo e cristianismo.

 (SÃO) JOÃO PAULO II (1978-2005)


Socialismo: o perigo de uma “solução simples e radical”

(…) Alguém podeia admirar-se do facto de que o Papa começasse pelo «socialismo», a crítica das soluções que se davam à «questão operária», quando ele ainda não se apresentava — como depois aconteceu — sob a forma de um Estado forte e poderoso, com todos os recursos à disposição. Todavia Leão XIII mediu bem o perigo que representava, para as massas, a apresentação atraente de uma solução tão simples quão radical da «questão operária». (…)” (Encíclica Centesimus Annus – Sobre centenário da Rerum Novarum, 1º de Maio de 1991, 12)

São João Paulo II, trazendo à tona a memória de Leão XIII, ensina-nos a desconfiar das soluções atraentes propostas pelos socialismo. Ele denuncia que outros caíram neste engodo, que resultou num Estado forte e poderoso em detrimento dos próprios pobres, aos quais se propunha ajudar.

 

 BENTO XVI (2005-2013)


Condenação do pensamento marxista na Igreja

(…) Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo.(…)” (Discurso do Papa Bento XVI. Aos prelados da Conferencia Episcopal dos Bispos do Brasil dos Regionais Sul 3 e Sul 4 em visita Ad Limina Apostolorum. 5 de Dezembro de 2009).

A instrução:

 “(…)É verdade que desde as origens, mais acentuadamente, porém, nestes últimos anos, o pensamento marxista se diversificou, dando origem a diversas correntes que divergem consideravelmente entre si. Na medida, porém, em que se mantêm verdadeiramente marxistas, estas correntes continuam a estar vinculadas a certo número de teses fundamentais que não são compatíveis com a concepção cristã do homem e da sociedade. (…) Lembremos que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus direitos encontram-se no centro da concepção marxista. Esta contém de fato erros que ameaçam diretamente as verdades de fé sobre o destino eterno das pessoas (…)”. (Libertatis Nuntius; Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação. Congregação para a Doutrina da Fé. 6 de agosto de 1984. Cap. VII nº 9-10; Cardeal Joseph Ratzinger e Arc. Alberto Bovone).

Verifica-se que Bento XVI chama atenção, há tempos, da disparidade entre o que é professado pelas doutrinas socialistas, chamando-as de ameaça para as verdades de fé, quando estas doutrinas infiltram-se na Igreja.

Falsa promessa do comunismo:

(…) Tanto o capitalismo como o marxismo prometeram encontrar o caminho para a criação de estruturas justas e afirmaram que estas, uma vez estabelecidas, funcionariam por si mesmas. Afirmaram que não só não havia tido a necessidade de uma moralidade individual prévia, mas que também elas fomentariam uma moralidade comum. E estas promessas ideológicas se mostraram falsas.(…)” (Bento XVI, discurso de abertura da 5ª Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida. 2007).

A doutrina comunista se demonstrou fraudulenta e enganadora, com o decorrer dos tempos, como atestou Bento XVI. Este foi só mais uma de várias admoestações contra este sistema político (e cultural) feita por mais um de vários Papas que condenaram o engano socialista.

PAPA FRANCISCO (2013 – ?)


(…) Para mim, o âmago do Evangelho pertence aos pobres. Há dois meses ouvi uma pessoa dizer que por isso ele fala dos pobres, por isso tem esta preferência: «Este Papa é comunista». Não! Esta é uma bandeira do Evangelho, não do comunismo: do Evangelho! Mas a pobreza sem ideologia, a pobreza… E por isso creio que os pobres estão no centro do anúncio de Jesus. É suficiente lê-lo! O problema é que depois esta atitude em relação aos pobres às vezes, na história, foi ideologizada. Não, não é assim: a ideologia é algo diferente. (…)” (Diálogo do Papa Francisco a um grupo de jovens da Bélgica, segunda feira, 31 de março de 2014)

O Papa reinante repudia, assim como Bento XVI, a ideologização do anúncio de Cristo. Repudia, de igual modo, a própria ideologia comunista. Um Papa não poderia estar em dissonância com todos os demais Papas, desde que estes começaram a se pronunciar decididamente contra as ideologias socialistas e comunistas já no parturejar das mesmas.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Depois de tão solenes advertências dadas pelos pontífices da Igreja ao longo de mais de uma centena de anos, não pode haver mais alegação de inocência, ignorância ou desconhecimento para quem apoia o comunismo ou lhe presta favores. 

 

PARA CITAR


SOLIMEO, Gustavo (Modificado). Condenações papais ao comunismo. Disponível em <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/ateismo/818-condenacoes-papais-ao-comunismo> Desde: 08/09/2015.

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