A Missa Nova é Ilegítima?
Um certo segmento reivindicador de católicos acredita que sim, e Pe. Harrison responde às suas acusações e preocupações
PE. BRIAN HARRISON O.S. 4/4/2019
Já se passaram cinquenta anos desde que o Papa São Paulo VI, na Constituição Apostólica Missale Romanum (3 de abril de 1969), promulgou o Missal do Rito Romano revisado em resposta à Sacrosanctum Concilium do Vaticano II (Constituição sobre a Sagrada Liturgia). E embora a Sagrada Eucaristia deva ser nosso vínculo sacramental central de unidade e amor, ela se tornou – tragicamente – neste meio século ocasião de séria confusão e dissensão.
Eu respeito e, de fato, compartilho a preocupação dos católicos conscientes da tradição sobre certas características da reforma litúrgica, mas neste artigo eu gostaria de lançar um apelo por justiça e moderação na expressão de tais preocupações. A unidade da Igreja certamente exige isso.
É justo chamá-los de “dissidentes”
Alguns tradicionalistas, enquanto celebram e assistem à Missa do Rito Latino Romano clássica (apelidada de “Forma Extraordinária” pelo Papa Bento XVI), sempre que possível, evitam atacar o rito Novus Ordo pós-conciliar (a “Forma Ordinária”) como sendo ruim e inaceitável em si mesmo. Outros, entretanto, fazem exatamente o contrário disso. Acho justo chamá-los de tradicionalistas “dissidentes”, porque discordam abertamente de certas posições oficiais da Igreja pós-Vaticano II sobre liturgia e doutrina.
O principal estandarte deles é, sem dúvida, a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (FSSPX), mas eles encontram uma voz estridente em muitas publicações e sites, e alguns deles sustentam pontos de vista que são totalmente sedevacantistas (a crença de que não houve papas verdadeiros desde o Vaticano II). A alegação central deles é que a Missa Novus Ordo, mesmo se válida em si mesma, cheira tão fortemente a protestantismo e modernismo que é totalmente ilegítima – simplesmente inaceitável para o culto católico.
Em sua repulsa total pelo que a Igreja agora prescreve como a forma normativa de celebrar nosso ato mais sagrado de adoração, os dissidentes afirmam que expressa uma religião diferente, não católica, que é objetivamente imoral – proibida por Deus! – celebrar ou frequentar as Missas da Forma Ordinária.
E, sim, eles realmente vão tão longe. O site OnePeterFive.com recentemente publicou um artigo incluindo esta convocação peremptória: “Leigos: Se vocês ainda pertencem a uma paróquia Novus Ordo, é hora de partir. . . . Nada substitui o dever do homem de render a Deus aquele culto próprio à Sua Majestade, e o Novus Ordo simplesmente não é isso.” E na seção FAQ (perguntas mais frequentes) do site oficial da FSSPX, lemos (acessado em 1 de janeiro de 2019):
O Novus Ordo Missae admite… elementos heterodoxos lado a lado com aqueles católicos para formar uma liturgia voltada para uma religião modernista que casaria a Igreja e o mundo, o catolicismo e o protestantismo, a luz e as trevas… Isso o torna um perigo para nossa fé e, como tal, um mal… Mesmo quando dito com piedade e respeito pelas regras litúrgicas,… [o Novus Ordo] está impregnado do espírito do protestantismo. Traz em si um veneno prejudicial à fé.
Logo em seguida, tem-se a pergunta: “Somos obrigados em consciência a comparecer à Novus Ordo Missae?”, O site não apenas responde que não, mas afirma que os católicos não têm nenhum direito objetivo de comparecer ao culto dominical:
Se a Novus Ordo Missae não é verdadeiramente católica, logo ela deixa de ser um preceito dominical. Muitos católicos que a assistem desconhecem seu grau generalizado de inovação séria e estão isentos de culpa. No entanto, qualquer católico que esteja ciente de seus danos não tem o direito de participar. Ele só poderia assisti-la com uma mera presença física, sem participar positivamente, e apenas por motivos familiares importantes (casamentos, funerais, etc.).
Visto que a última frase expressa aqui as rigorosas condições estabelecidas pela legislação da igreja pré-conciliar para o comparecimento a serviços não-católicos, a mensagem que a FSSPX está enviando é muito clara: a Missa Novus Ordo, como tal, deve ser considerada como um forma não-católica de culto. Isso deixaria centenas de milhões de fiéis sem acesso a qualquer Missa legítima, porque na maior parte da América Latina, Ásia e África, as Missas Latinas tradicionais são muito poucas e distantes entre si. Cristo, então, abandonou todos esses irmãos, deixando-os com nada mais do que um simulacro ímpio do genuíno culto católico?
Objeções doutrinárias
Então, por que esses dissidentes rejeitam o novo rito de forma total e tão implacável? Eles insistem que é essencialmente uma questão de doutrina, não apenas de preferência estética pelos antigos ritos. Pe. Anthony Cekada resume posição comum deles no início de seu livro, Obra de Mão Humanas: Uma Crítica Teológica à Missa de Paulo VI. A “tese principal” do livro, ele nos diz, é que o novo rito
(a) destrói a doutrina católica nas mentes dos fiéis e, em particular, a doutrina católica relativa ao Santo Sacrifício da Missa, o sacerdócio e a Presença Real; e (b) permite ou prescreve irreverência grave (p. 7, itálico no original).
O espaço disponível neste artigo me permitirá considerar apenas (e longe de ser completo) a primeira e mais fundamental dessas objeções. No que diz respeito a (b), simplesmente registrarei minha opinião de que algumas práticas litúrgicas recentemente permitidas (isto é, opcionais) – Comunhão nas mãos e o sinal de paz pouco antes da Comunhão – estão realmente sujeitas a abusos e podem se tornar a ocasião de irreverência. No entanto, elas não são irreverentes em si mesmas. Muito menos posso encontrar algo gravemente irreverente “prescrito” (ou seja, obrigatório) no texto do novo Missal Romano ou na Instrução Geral que o acompanha.
Vamos nos voltar para as objeções doutrinárias dos dissidentes do Novus Ordo. Em primeiro lugar, consta a acusação de que isso mina a fé no caráter sacrificial da Missa. De acordo com o site da FSSPX, o novo missal é marcado pela “exclusão quase completa das referências ao sacrifício”. E o artigo OnePeterFive citado acima ainda faz a incrível afirmação de que no Novus Ordo “a Missa católica foi despojada de orações que expressam a doutrina católica”.
É verdade que algumas orações que expressam sacrifício, adicionadas durante os tempos medievais, foram retiradas do Ofertório; mas longe de “apagar quase completamente” essas orações, cada Missa do Novus Ordo expressa a doutrina do sacrifício eucarístico pelo menos cinco vezes:
- A oração secreta do ofertório feita pelo sacerdote, rogando para que o nosso sacrifício seja agradável a Deus.
- Seu convite ao povo: “Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.”
- Seu convite ao povo: “Receba o Senhor (Deus) por tuas mãos (, ó Padre,) este sacrifício, para Glória do Seu Nome (do Nome de Deus)…”
- No Cânon Romano e em cada uma das novas orações eucarísticas, o caráter sacrificial da Missa é claramente expresso nos textos que seguem a consagração.
- As próprias palavras da consagração do pão no Novus Ordo realmente restauram uma expressão explícita do propósito sacrificial do que está sendo feito: “Este é o meu corpo, que será entregue por vós”. As palavras em itálico aqui (ou expressões equivalentes) foram encontradas em várias liturgias antigas, mas estão ausentes da fórmula Tridentina.
Além de tudo isso, há uma sexta expressão dessa doutrina em muitas Missas, encontrada na oração do ofertório sobre os dons.
Deve-se notar também que todos os textos acima, exceto o primeiro, são pronunciados em voz alta na língua do povo. Com efeito, no caso do terceiro texto, são as próprias pessoas que o pronunciam. Assim, parece provável que a doutrina do sacrifício eucarístico, longe de ter sido “destruída… nas mentes das pessoas ”, está realmente impressa em suas mentes mais claramente pelas orações do Novus Ordo do que nos dias pré-conciliares, quando cada uma das orações que expressam esta doutrina era pronunciada silenciosamente, em latim, pelo padre sozinho.
Por que erosão da fé?
O que dizer da fé dos féis no sacerdócio e na Presença Real, que Pe. Cekada também afirma que o Novus Ordo “destrói”? É verdade que o papel do sacerdote celebrante, em algumas rubricas secundárias, já não se distingue tão nitidamente daquele dos leigos como acontecia no rito tradicional, mas parece-me óbvio que permanece a sua proeminência única e insubstituível na celebração da Missa de forma clara e inconfundível para todos os participantes da liturgia Paulina. (Ver Info 1, abaixo).
Sim, as pesquisas mostram consistentemente um declínio acentuado na crença católica nesta doutrina desde o Vaticano II e, em uma extensão limitada, isso pode ter sido um efeito colateral de mudanças oficiais, como a eliminação, no interesse da “nobre simplicidade”, de alguns sinais litúrgicos de reverência que os “reformadores da reforma” – como eu – gostaríamos de ver restaurados. Mas a maior parte da culpa por esse deplorável enfraquecimento da fé certamente está em causas mais diretas e óbvias: teologia heterodoxa ensinada em seminários, a má (ou inexistente) pregação e catequese sobre a doutrina eucarística, o declínio acentuado na freqüência à Missa, desobediência litúrgica generalizada (muitas vezes chamada de “criatividade”) e celebrações desleixadas e irreverentes.
Além disso, a afirmação absurda de que a Missa Paulina é “despojada de orações que expressam a doutrina católica” ignora todas as festas e orações votivas (“proprios”) no novo missal. Na verdade, todas as doutrinas católicas que distinguem a fé católica da protestante que estavam no antigo Missal também estão no novo. (Veja Info 2, abaixo).
Uma série de outros pontos de discussão continuam a circular nos meios de comunicação tradicionalistas de linha dura como a suposta evidência do caráter heterodoxo e ilegítimo do Novus Ordo. A maioria deles não é tão revelador quanto seus propagadores supõem. Vejamos alguns.
Ponto 1: A “Intervenção Ottaviani”
Em setembro de 1969, o cardeal Alfredo Ottaviani, prefeito aposentado da Congregação para a Doutrina da Fé, assinou uma carta ao Papa Paulo VI apresentando um breve estudo crítico do rito de Missa recentemente promulgado por Paulo. Esse estudo poderia ser considerado a Bíblia do tradicionalismo dissidente. O principal autor do estudo foi o teólogo dominicano M. L. Guérard des Lauriers, que logo depois caiu em cisma como o pai fundador do sedevacantismo.
Em seguidaà intervenção de Ottaviani, outro padre francês, Pe. Gerard Lafond publicou um fac-símile de uma carta assinada, datada de 17 de fevereiro de 1970, que ele recebeu de Ottaviani, na qual o cardeal disse que suas hesitações anteriores sobre a nova Missa foram agora “dissipadas” pelas explicações do Pe. Lafond e do próprio Paulo VI. Frequentemente, os dissidentes não mencionam essa retratação, o que prejudica o apelo deles à autoridade e ao prestígio do chefe de longa data do Santo Ofício. Alguns deles sugerem que o secretário de confiança de Ottaviani, Mons. Gilberto Agustoni, fabricou esta carta e enganou o cardeal, quase cego então, para assiná-la.
Tal, claro, pressupõe a implausabilidade de não apenas Agustoni ser corrupto, mas que teria arriscado sua carreira publicando uma mentira descarada. Ottaviani viveu por anos, recebendo visitantes e mantendo todas as suas faculdades exceto a visão. Ele teria aprendido rapidamente que sua carta retratando sua intervenção foi publicada na amplamente lida Documentation Catholique e certamente a teria denunciado publicamente como uma falsificação, se de fato fosse. Seu silêncio permanente, portanto, é eloqüente.
Ponto 2: a instrução “herética” do Papa Paulo VI
Bem, este texto de tom ecumênico e amigável aos protestantes era herético (se essa é a palavra certa para ‘erro por omissão’) apenas no que deixou de fora de sua descrição da Missa, não pelo que realmente afirmou ou negou. E nem todos os tradicionalistas que apontam o dedo acusador a essa instrução deficiente são francos o suficiente para reconhecer que pelo menos ela teve vida curta.
O Papa Paulo, ao examinar esta introdução com mais atenção, rapidamente retirou-a e substituiu-a no Missal de 1970 por um novo “premium” que não apenas reafirma sem ambigüidade as doutrinas tridentinas do sacrifício eucarístico, da Presença Real e do sacerdócio ordenado, mas enfatiza que estas doutrinas são apresentadas de forma consistente nos textos e rubricas atuais do novo Missal. (Ver especialmente os artigos 2, 3 e 4 na “Introdução à Instrução Geral” no início do atual Missal Romano).
Ponto 3: Testemunho de Jean Guitton
Este filósofo francês declarou em uma entrevista de rádio em 1993 a um pastor luterano: “Só posso repetir que Paulo VI fez tudo o que podia para afastar a Missa Católica da tradição do Concílio de Trento em direção à Ceia do Senhor protestante” Mas o testemunho improvisado, episódico e de segunda mão de Guitton dificilmente conta como um guia confiável e adequado para o pensamento de Paulo VI, especialmente quando levamos em conta a reafirmação enfática do pontífice da doutrinária “tradição do Concílio de Trento” (ver parágrafoanterior), bem como seus muitos ensinamentos formais sobre esses assuntos, especialmente sua esplêndida encíclica eucarística de 1965, Mysterium Fidei.
Uma avaliação mais equilibrada das intenções de São Paulo VI, penso eu, concluiria que, embora ele realmente quisesse uma reforma litúrgica que ajudasse a suavizar o caminho de volta à unidade católica para os protestantes, adotando algumas de suas práticas litúrgicas doutrinariamente inquestionáveis – por exemplo, usando o vernáculo e acrescentando mais leituras das Escrituras – ele insistiu em manter estrita fidelidade ao ensino dogmático da Igreja tanto nos textos quanto nas rubricas do Missal revisado.
Até que ponto essas reformas de orientação ecumênica tiveram sucesso ou fracassaram na promoção da unidade genuína entre os cristãos é, sem dúvida, uma questão muito diferente.
Ponto 4: Os seis conselheiros protestantes
Em vista do que acabamos de dizer, a contribuição ecumênica de alguns liturgistas não-católicos para a reforma na década de 1960 não é muito surpreendente; mas mesmo que a prudência de tê-los lá pareça discutível, esses senhores não tinham direito a voto no Consilium litúrgico do Vaticano que revisava o Missal Romano, e ninguém é capaz de apontar qualquer característica do Novus Ordo resultante, que já não fosse promovida independentemente por seu autores católicos.
Ponto 5: Max Thurian
Os tradicionalistas linha-dura adoram citar este teólogo protestante (um dos seis que acabamos de mencionar) que era proeminente na comunidade ecumênica de Taizé. OnePeterFive o cita fazendo o seguinte comentário logo depois que Paulo VI promulgou o Novus Ordo: “Agora é teologicamente possível para os protestantes usarem a mesma Missa que os católicos” (negrito no original). Esses tradicionalistas tomam isso para reivindicar “como sendo de fonte primária”a própria afirmação deles de que o Novus Ordo expressa a doutrina protestante em vez de integralmente católica.
Mas eles nunca informam que Thurian não era de forma alguma um protestante típico e certamente não falava pelos protestantes em geral. Assim como nem todos os católicos professos aderem fielmente à doutrina católica, nem todos os protestantes aderem às doutrinas de Lutero e Calvino.
Hoje em dia, Thurian e vários protestantes de mentalidade ecumênica nutrem idéias que se aproximam da doutrina católica do sacrifício eucarístico (e por isso eles são severamente denunciados como traidores da Reforma pelos protestantes tradicionais).
A conclusão relevante que se tira aqui é que nenhum protestante, que leva a sério os textos totalmente católicos do Missal pós-Vaticano II e que adere à rejeição da Reforma clássica das doutrinas que eles expressam, poderia possivelmente se sentir confortável em “usar a mesma missa que os católicos.”
Prejudicial para a unidade católica
Vamos resumir. Estou implorando aqui que os católicos que preferem o antigo rito latino (eu mesmo o celebro nos dias de semana) respeitem a sábia disposição dos papas São João Paulo II e Bento XVI.
Em seus documentos, restaurando seu uso na Igreja, esses papas insistem, no interesse da unidade da Igreja, que aqueles que celebram e participam da Forma Extraordinária também devem reconhecer a correção doutrinária e a legitimidade da Forma Ordinária.
Infelizmente, a FSSPX não cumpre com essa condição; nem o artigo OnePeterFive citado, que até endossa a calúnia de que nosso rito pós-conciliar da Santa Missa é “quase irreconhecível como um rito católico” e diz: “É discutível se esta forma de culto pode ser chamada de ‘católica’ em qualquer sentido significativo. ”
A retórica do Dr. Peter Kwasniewski, em uma outra postagem do OnePeterFive, é igualmente desdenhosa. Depois de rotular com desdém o novo rito como “um disfarce, um simulacro, um substituto”, diz ele, “Mesmo no seu melhor, o Novus Ordo… ainda é uma dieta de fome em comparação com as riquezas da tradição litúrgica pré-conciliar. Deus pode santificar prisioneiros na prisão alimentados com crostas rançosas e água estagnada, mas esta não é a maneira pela qual Ele santificaria a maioria de nós. ”
https://onepeterfive.com/attacks-mass-fail/
É triste ver este escritor habilidoso usando sua eloqüência em um esforço apaixonado para despertar o desprezo por nossaaprovada Forma Ordinária de adoração nos corações e mentes católicos.
Por favor, queridos irmãos! Essas condenações desregradas do Novus Ordo são manifestamente prejudiciais à unidade católica e podem até levar a uma direção cismática. Agrade a Deus que, no próximo meio século, os nossos inevitáveis desacordos sejam levados a cabo mais no espírito tranquilo da liturgia da Quinta-feira Santa: Ubi caritas et amor, Deus ibi est.
Info 1: O que dizer da Eucaristia?
O que dizer da presença real? Refletir sobre:
- A reverência exigida pelo sacerdote ao pão e ao cálice antes de sua consagração, que é então marcada por suas genuflexões e elevações da hóstia e do cálice
- O toque de sinos recomendado e incensação para cada consagração; a apresentação dramática pelo sacerdote da hóstia e do cálice ao povo que proclama as palavras imortais do Batista: “Eis o Cordeiro de Deus…”
- O necessário ajoelhar-sedos ministros e da congregação para a consagração
- As solenes procissões eucarísticas na noite de Quinta-feira Santa e Corpus Christi (um dia sagrado de preceito que honra especificamente a realidade do Corpo e Sangue do Senhor na Eucaristia)
- As práticas altamente recomendadas de adoração eucarística e bênção fora da missa
Todas essas características da liturgia Paulina demonstram a falsidade da acusação de que ela “destrói” a fé dos católicos na transubstanciação e na Presença Real.
Info 2: Doutrinas na Missa Nova
No atual Missal encontramos claramente expresso não só o caráter sacrificial da Missa, mas também:
- O primado de Pedro e seus sucessores (oração pelo Papa em cada Missa, festas da Cátedra de Pedro em 22 de fevereiro e S. Pedro e S Paulo em 29 de junho)
- Todos os privilégios de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Assunção, Maternidade Divina e Sua Virgindade Perpétua proclamada no início da maioria das Missas)
- Nossa devoção aos outros santos (com dezenas de seus dias de festa celebradas ao longo do ano)
- Transubstanciação (veja acima)
- Orações pelos defuntos no purgatório (brevemente em cada oração eucarística e mais abundantemente nas missas fúnebres e nas missas do Dia de Finados (2 de novembro).
Original em inglês: Catholic Answers – https://www.catholic.com/magazine/print-edition/is-the-new-mass-illegitimate