Segunda-feira, Dezembro 30, 2024

A Igreja Católica e o Tabagismo: Uma revisão histórica.

 

INTRODUÇÃO DO SITE

 


 

O presente texto visa mostrar como através dos anos a Igreja tratou com a questão do tabaco. Entenda-se aqui que Igreja tratou através dos anos com o Tabaco puro provindo diretamente da planta, e não do cigarro industrializado como conhecemos hoje, com dezenas de substancias nocivas a saúde e viciantes.

O tabaco in natura por assim dizer, por si só, não causa vícios e não é um substancia ilícita, portanto não é “pecado” sua utilização, contudo não é algo que simplesmente pode ser usado por qualquer um indiscrimidamente, seu uso requer cuidado.

Será tratado aqui as 3 formas de consumo do tabaco: cheirar (pó de fumo ou rapé), mascar (a folha processada) e o fumo direto.


EX FUMO DARE LUCEM


Na época, logo após os exploradores espanhóis conhecerem o tabaco por meio das viagens de Colombo, fumando ou cheirando como os nativos do Novo Mundo faziam – traziam consigo algo de um ar de diabrura porque os nativos viam nele uma conexão com espíritos invisíveis. Para alguns membros mais sinceros do clero missionário, as coroas de sua fumaça e sua ação sobre os espíritos daqueles que se embebiam, eram uma espécie de imitação sacramental dos sacramentos da Igreja, estabelecida no Novo Mundo de antemão pelo Diabo, a fim de impedir a sua evangelização.

Por volta de 1575, sínodos provinciais no Novo Mundo já tiveram que lidar com o fato de que os índios, convertendo-se ao catolicismo, trouxeram a prática de fumar em igrejas durante a liturgia –  fumaça do tabaco, em suas tradições, evocavam os espíritos. Eles ofereciam sua fumaça como incenso, ou misturado em outro incenso. Autoridades eclesiásticas mexicanas proibiram o fumo em Igrejas nas Américas.

As autoridades da Igreja no México e Peru definiram a disciplina eclesiástica para a Nova Espanha e outras partes da América. Em 1583, um sínodo em Lima declarou: “É proibido, sob pena de condenação eterna para os sacerdotes, administrar os sacramentos, tanto levando a fumaça do sayri, ou tabaco, na boca, quanto o pó de tabaco no nariz , até mesmo sob o pretexto de remédio, antes do serviço da missa.” em 1588, o colégio de cardeais, em Roma aprovou a proibição que se aplicava para as colônias espanholas na América. (A prática voltou na década de 1980, entre alguns americanos católicos índios, com a queima do tabaco e erva antes da Missa como o seu modo de sincretismo entre as crenças indígenas americanas e liturgia católica).

Mas a questão não se limitou às Américas. O uso do tabaco: fumar, cheirar e mastigar, muito rapidamente se espalhou por todo o Velho Mundo também. E se espalhando entre ambos leigos e clérigos. A matéria era confusa: Não faltaram pessoas que abominavam o uso do tabaco como insalubre, sujo, viciante, e até mesmo pecaminoso; mas também houve muitas pessoas que apontavam para os seus benefícios, seus efeitos calmantes, os grandes e pequenos prazeres em seu uso, sua capacidade de fomentar a sociabilidade (talvez para uma esperada paz das nações, uma irmandade internacional da fumaça), e mesmo (no caso de rapé nasal) a sua eficácia médica como uma maneira de limpar as cavidades através da indução de uma purga cefálica.

No entanto, a questão do uso de tabaco na igreja rapidamente surgiu na Europa, tal como tinha acontecido na Nova Espanha, e que tinha a ver com a questão de sacrilégio durante a missa. Num domingo, em Nápoles, um padre enquanto celebrava a Missa deu uma pitada de  rapé nasal logo depois de receber a Sagrada Comunhão. Parece que ele não era um cheirador experiente porque ele caiu em um acesso de espirros, que o levou a vomitar o Santíssimo Sacramento no altar na frente de sua congregação horrorizada.

Como o uso do tabaco se espalhou através do clero católico da Europa, a Igreja focou em sua intrusão na igreja. O que foi anatematizado não era o seu uso em si, mas sim o seu uso antes ou durante a liturgia. E, especialmente, pelo clero, que eram esperados para manter a pureza absoluta e limpeza do altar, dos paramentos litúrgicos, e das mãos que consagrariam a hóstia. O tabaco não fumaçava igual o incenso.

O Papa Urbano VIII, em 30 de janeiro de 1642 emitiu uma bula Cum Ecclesiae, em que ele respondeu as denúncias do decano da Catedral de Sevilha, ao declarar que qualquer um que usasse tabaco pela boca ou nariz, tanto em peças inteiras, desfiado, em pó, quanto fumado em um cachimbo, nas igrejas da Diocese de Sevilha, receberia a pena de excomunhão latae sententiae.

A razão para a proibição, explicou, era proteger a missa e as igrejas de contaminação. Em Sevilha, o mau hábito de usar o tabaco tinha aumentado tanto, disse ele, que homens e mulheres, clérigos e leigos, “tanto enquanto eles estavam realizando os seus serviços no coro e no altar, quanto enquanto eles estavam ouvindo a missa e os ofícios divinos, [que] não eram, ao mesmo tempo, e com grande irreverência, tendo tabaco; e com excrementos fétidos mancham o altar, lugares santos, pavimentos e calçadas das igrejas daquela diocese.” Alguns padres, aparentemente, tinham ido tão longe a ponto de colocar as suas caixas de rapé no altar enquanto eles estavam rezando a missa.

Mais tarde, em Roma, um panfleto provocador apareceu como um comentário sobre a Bula: “Contra folium quod vento rapitur ostendis potentiam tuam, et stipulam siccam persequeris.” (“Queres, então, assustar uma folha levada pelo vento, ou perseguir uma folha ressequida?” Jó 13, 25 ).

Esta proibição gerou uma grande quantidade de lendas urbana (Urbano?) ao longo dos séculos, agravada por boatos corrompidos e falsamente atribuidos. Alguns relataram isso como uma proibição mundial sobre o uso de tabaco, alguns atribuíram ao papa errado ou deram a data errada, e alguns chegaram mesmo a dizer que o papa proibiu o uso do tabaco, porque ele bizarramente acreditava que o espirros que rapé causavam se assemelhava  a êxtase sexual, que era inapropriado na igreja. (Hey, senhor papa! Mantenha seus rosários longe de nosso nariz!) Ultimamente, a lenda tornou-se tão deturpada e desgastada que o pobre Papa Urbano VIII foi acusado de insanidade de tentar proibir espirros.

Em 1650, oito anos após a bula de Urbano VIII, Inocêncio X decretou a mesma pena para o uso do tabaco nas capelas, na sacristia ou no pórtico da Arquibasílica de São João de Latrão, ou na de São Pedro, em Roma, a razão foi que ele tinha gastado muito tempo, talento e dinheiro embelezando-as, instalando mármores preciosos no chão e ornamentando as capelas com baixos-relevos, e ele não queria que eles fossem manchados com suco de tabaco e fumaça. Inocêncio XI depois reiterou a bula.

Por volta de 1685, alguns teólogos estavam debatendo se as bulas de Urbano VIII e Inocêncio X poderiam ser implicitamente entendidas como aplicáveis a Igreja Universal, e, em caso afirmativo, eles se perguntaram como se aplicava a todas as propriedades da igreja (não apenas o santuário e sacristia; alguns se perguntaram se a reitoria estava incluído).

Embora Bento XIII (que usava pó de fumo) reforçou a necessidade de manter o tabaco longe do altar e do tabernáculo, em 1725, ele revogou a pena de excomunhão por fumar na Igreja de São Pedro, porque ele reconheceu que os freqüentadores da igreja eram freqüentemente saiam da Missa por um tempo para pegar um cigarro ou pó de fumo, e ele decidiu que era melhor para eles ficaram por dentro e não interromper ou perturbar a liturgia ou perder parte dela.

Será que o uso do tabaco quebrava o jejum antes da comunhão? Afonso Ligório (usava pó de fumo), em seu manual de instruções para os confessores, considerou que “o tabaco tomado pelo nariz não quebra o jejum, mesmo que uma parte dele desça para o estômago.” Nem “o fumante um cigarro quebra”, nem mesmo o tabaco mastigado ou “mascado pelos dentes, fazendo suco que é cuspido”. Outros de tempo acordado, esclarecendo que, se uma quantidade significativa de tabaco mascado foi engolido, o jejum foi quebrado.

OS NARIZES DOS PAPAS


Bento XIV foi também usava pó de fumo. Ele disse ter oferecido uma vez a sua caixa de rapé para o lider de alguma ordem religiosa, que não quis dar uma pitada de rapé, dizendo: “Sua Santidade, eu não tenho esse vício”, ao que o Papa respondeu: “Não é um vício. Se fosse um vício que você teria”.

Pio IX era um  cheirador de pó de fumo inveterado, e era tão efusivo e constante nisso que muitas vezes ele teve que mudar sua longa batina branca algumas vezes por dia, ela era branco, afinal de contas, e a poeira do rapé iria a encardia. Ele ofereceu rapé, e caixas de rapé para os visitantes. A Igreja tinha estabelecido um monopólio sobre o comércio do tabaco em Estados Pontifícios e, em 1863, durante o seu pontificado, consolidou suas operações de processamento de tabaco sob o Diretor Pontifício de Sal e Tabaco em um prédio recém-construído no Piazza Mastai no bairro de Trastevere em Roma.

Quando o representante de Victor Emanuel veio a ele para apresentar as condições que o pontífice acreditava que eram inaceitáveis, o papa “bateu na mesa com uma caixa de rapé, que, em seguida, quebrou” O representante “o deixou tão confuso que ele apareceu tonto.” Em 1871, o Papa também, durante o tempo em que ele era o “prisioneiro do Vaticano”, ofereceu a sua “caixa de rapé de ouro, muito bem esculpida com dois cordeiros simbólicos em meio a flores e folhagens”, para ser oferecido como prêmio em uma loteria mundial para arrecadar dinheiro para a Igreja. (Audiência com o Papa Pio IX – Biblioteca do Congresso).

Leão XIII gostava de rapé. Antes de se tornar papa, ele serviu por um tempo como núncio apostólico em Bruxelas e contou com a conversa e companhia dos aristocratas cultos e agradáveis lá. Uma noite, no jantar, certo Conde, que era um livre-pensador, pensou que e iria se divertir um pouco às custas do núncio, e ele entregou-lhe uma caixa de rapé para examinar, que tinha em sua capa uma pintura em miniatura de uma bela Venus nua. Os homens da festa assistiram o progresso da piada, e como para o Conde, ele estava sufocando com o riso, até que o Núncio diferencialmente devolveu a caixa com o comentário: “Muito bonita, de verdade, conde. Presumo que é o retrato da condessa?”. Perto do fim da vida do papa, ele sofreu quando teve que desistir do tabaco sobre o conselho de seus médicos.

E os outros papas modernos? Pio X tomou rapé e fumou charutos enquanto era cardeal, quando foi eleito papa deixou de fumar. Bento XV não fumava e não gostava de fumaça dos outros. Pio XI fumava um charuto ocasional. Pio XII não fumava. E João XXIII fumava cigarros.

Paulo VI foi um não-fumante. Assim como também João Paulo I, embora as autoridades do Vaticano parecia insinuar, logo após sua súbita e desconcertante morte que sua doença final pode ser devido ao fumo pesado.

João Paulo II não fumava, mas o Papa Bento XVI fumava uma vez ou outra Marlboros.

 

SANTOS QUE USAVAM TABACO


 

A Venerável Marie Thérèse de Lamourous, mostrou o manto de Santa Teresa de Ávila, no convento carmelita, em Paris, foi autorizado a colocá-lo em: “Eu beijei ele; Apertei-o em cima de mim”, ela escreveu: “Eu observei tudo, até mesmo as pequenas manchas, que parecia ser de rapé espanhol.

O uso do tabaco se tornou um problema durante as investigações beatificação de José de Cupertino, João Bosco, e Felipe Neri. Com os dois primeiros, os advogados do diabo argumentaram que a virtude heróica não se aplicava porque eles usaram o tabaco. O defensor de José argumentou, com base em entrevistas com José durante a sua vida, que o seu fumo foi uma ajuda para a sua santidade, ajudando-o a ficar até à noite para suas devoções e estender o seu jejum. No caso de Felipe Neri, o exame de seu corpo durante o inquérito mostrou que os tecidos moles do seu nariz morreram e assim seu corpo não era incorruptível. Sugeriu-se que isso se deveu ao seu uso pesado de rapé. Mas estes eram argumentos fracos contra a sua santidade.

Bernadette Soubirous teve asma na infância e seu médico presceveu rapé para ela (sua caixa de rapé está em exposição no Lourdes). Quando ela tinha dezesseis anos, na escola, ela se lembrou mais tarde: “Uma irmã ficou chocada quando eu comecei a fazer todos espirrarem passando rapé ao redor enquanto ela zumbia de longe em francês.”. Depois que ela entrou no convento mais tarde,”Ela produziu sua caixa de rapé para recreação, um dia, para o grande escândalo de uma irmã. Ela gritou: ‘Oh, Irmã Marie-Bernard, você nunca vai ser canonizada.’ ‘Por que não’, perguntou a ‘cheiradora’, ‘Porque você usa rapé. Esse mau hábito quase desqualificou São Vicente de Paulo.’ ‘E você, Irmã Chantal,’ respondeu Irmã Marie-Bernard, rapidamente, ‘você vai ser canonizado, porque você não usou.’”

São João Vianney usou rapé, muitas vezes durante suas longas sessões de confissões. Padre Pio mantinha o rapé em um pequeno bolso do hábito, e passou rapé para seus visitantes. Um biógrafo escreveu que, “Uma noite, durante uma conferência com oncologistas, no meio de um relatório sobre a investigação do cancro, Padre Pio virou-se para um dos homens e perguntou: ‘Você fuma?’. Quando o homem respondeu afirmativamente, Pio, apontando o dedo firmemente repreendeu: ‘Isso é muito ruim’, então, com quase o mesmo fôlego, voltou-se para um outro médico e perguntou: ‘você tem algum rapé?’”

 

OS JESUÍTAS


Um jesuíta foi questionado se era lícito fumar um charuto enquanto orava, e sua resposta foi um inequívoco “não”. No entanto, o jesuíta sutil rapidamente acrescentou que, embora não fosse lícito fumar um charuto enquanto orava, era perfeitamente lícito rezar enquanto fumava um charuto.”.

Nos séculos 16 e 17, os jesuítas desenvolveram grandes plantações de tabaco na América Central e do Sul e  interesses financeiros na retenção de receitas a partir deles. Dominicanos, franciscanos e agostinianos tinham acordos semelhantes na América Central.

Durante este tempo, os jesuítas, apaixonados por seu rapé, foram acusados por seus adversários protestantes e laicos, sem qualquer evidência de que eu tenha encontrei, de levar rapé envenenado sobre as suas pessoas e oferecendo aos que tentavam assassinar. O “rapé Jesuíta” este material imaginário passou a ser chamado. O medo que o rodiava parece ter sido mais intenso depois de dezenas de milhares de barris segurando cinqüenta toneladas de rapé espanhol foram capturados por navios espanhóis na baía de Vigo em 1702, pelo almirante Inglês Thomas Hopsonn e encontrou seu caminho para o mercado britânico.

Ao mesmo tempo, missionários jesuítas introduziram o rapé  que eles amavam ao Capitólio da China durante a dinastia Manchu, por volta de 1715. Durante algum tempo, chineses convertidos ao catolicismo eram chamados de “compradores de rapé” por seus compatriotas e lidavam com a fabricação e venda de tabaco em Pequim. Muitos monges budistas tibetanos ainda gostam muito de rapé.

Os jesuítas não estavam sozinhos entre as ordens mendicantes em seu amor de rapé. Laurence Sterne, autor de Tristram Shandy, também escreveu uma viagem sentimental através da França e da Itália, em 1768, no qual ele descreve um incidente edificante e humilhante para ele, de troca de caixas de rapé com um pobre frade. Mas durante o século 19, a moda de usar rapé nasal desapareceu, e o charuto, cachimbo, e, em seguida, o consumo de cigarros substituiu. Fontes literárias mostram que tomar rapé foi mais e mais deixado para os velhos e os pobres, e para certos clérigos conservadores que persistiram com seu rapé, em vez de mudar para fumar.

Em uma carta 1846, o Pe. William Faber, sacerdote do Oratório de São Felipe Neri, escreveu: “Na Florença, o Superior da Camaldolese expressa um grande desejo de me ver; ele estava doente na cama, e sua cama cheia a rapé; ele agarrou minha cabeça, enterrou-o nas-roupas com cheiro de fumo, e me beijou mais impiedosamente”.

“Dez Anos em Roma”, um artigo não assinado publicado em 1870 na revista The Galaxy, nos diz, a respeito de frades capuchinhos: “Você vê a amostra indo sobre Roma em seu hábito marrom-escuro (de onde manter-se limpo), seu sua caixa de rapé de chifre preto, e seu imundo lenço de algodão azul de pelúcia em sua manga, e sua carteira pendurada em seu braço.”.

E Maud Howe, em um artigo publicado no The Outlook, intitulado “Codgers romanos e solitários”, comentou, em 1898, sobre um frade oferecendo-lhe uma pitada de uma caixa rapé de chifre gasto. “O rapé ainda é tomado na Itália por o velho e o antiquado”, escreveu ela, “e tem a sanção do clero. Em Roma, pensa-se que é dificilmente decente para um padre de fumar; que quase todos usam rapé; na verdade, eu já vi um padre tomar uma pitada pequena enquanto oficiando no altar.”.

Um editorialista no Dublin Review de 1847, lamentou que as indagações iniciais para a fé, muitas vezes descoberto “que os padres católicos são geralmente apenas pobres, mal-instruídos, usuários de rapé, espécie comum das pessoas.”. Ironicamente, o autor desejou, pois um tipo diferente de sacerdote, um “sábio e vencedor” – e deu como exemplo São Felipe Neri.

No século 20, o pó de rapé clerical tornou-se antiquado e fora de contato, pois James Joyce, acrescentou o detalhe para sua descrição do padre decrépito, Pe. Flynn, em Dubliners.

Em setembro de 1957, Pio XII dirigiu uma carta a Congregação Geral da Companhia de Jesus, em Roma. Ele aproveitou a ocasião para exortar os jesuítas, bem como outras ordens religiosas a apertar sua disciplina, e abraçar a austeridade, em parte, eliminando artigos “superficiais” de suas vidas, incluindo “não poucos confortos que os leigos podem legitimamente exigir.” “Entre elas”, ele disse, “deve ser incluído o uso do tabaco, hoje tão difundida e usado.”. Com o mesmo espírito de abstinência, eles “não deveriam entrar em férias fora de suas casas de sua ordem sem motivo extraordinário nem empreender em nome de descanso, longas e onerosas viagens de lazer.”.

Em 1964, a revista jesuíta americana elogiou o relatório do Cirurgião Geral dos EUA sobre o fumo logo depois que foi lançado.

E, em 2002, João Paulo II assinou uma lei tornando-se “proibido fumar em locais fechados públicos, locais frequentados pelo público e locais de trabalho, situados nos territórios do Vaticano, as áreas para além das fronteiras deste Estado [ou seja, escritórios do Vaticano em outros países], e nos meios de transporte público.” Uma multa de 30 euros foi fixada para os infratores.

Um prazer privado, indulgência, e conforto, uma forma de relação social, uma violação cívica, um perigo para a saúde, um vício, um incômodo, e um “vício”. Mas é o uso do tabaco em si um pecado? Essa pergunta, caro leitor, é, como se costuma dizer, está acima do meu nível salarial.

PARA CITAR


 

BUESCHER,  John B. A Igreja Católica e o Tabagismo. Disponível em <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/idademedia/moral/640-a-igreja-catolica-e-o-tabagismo-uma-revisao-historica>. Traduzido por: Rafael Rodrigues. Desde: 05/05/2014.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Artigos mais populares